Os Estados Unidos reservaram esta semana de fevereiro como o período oficial para Conscientização Nacional Contra Distúrbios Alimentares. No país, estudiosos levantaram que 10 milhões de homens e 20 milhões de mulheres sofrerão de um sério transtorno alimentar em algum ponto de suas vidas. Nos campus das faculdadaes, as mortes devido às doenças relacionadas aos problemas com comida superaram os distúrbios mentais. Como um incentivo à campanha, o site americano Bustle reuniu as melhores iniciativas, campanhas e comerciais que apoiam a causa e também listou as piores abordagens e imagens sobre o assunto e que devem ser evitadas a qualquer custo.
Para evitar
1) #bikinibridge
A moda mais recente que glomouriza a magreza e incentiva os distúrbios alimentares são as fotos de "bikini bridge", uma expressão recentemente criada e que diz respeito a meninas que são tão magras, que a parte de baixo de baixo do biquíni faz uma ponte e não consegue tocar a pele porque os ossos do quadril são muito saltados. Ainda pior do que isso, são as hastags e perfis #proana (pró-anorexia) e #promia (pró-bulimia), que incentivam a magreza excessiva e a falta de alimentação.
2) Plataforma feita para humilhar pessoas acima do peso
Em um local reservado do site Reddit há uma seção chamada Fat People Stories (histórias de pessoas gordas, em português), na qual 60 mil assinantes se unem para inventar palavras e fazer qualquer tipo de comentário maldoso sobre o excesso de peso das pessoas. Palavras como hamplanets (planetas de presunto, em português) são comuns e outras ainda piores também podem ser vistas.
3) Virais da internet
Entre vários memes que a internet viraliza, um merece destaque. Uma mulher acima do peso é colocada segurando um papel em que está escrito "é assim que uma feminista é". Abaixo, aparece o comentário "é bem o que esperávamos".
Para servir de exemplo
1) Campanha do perfume Lustworthy
A campanha do perfume Lustworthy mostra um homem "gordo" e uma mulher "bonita" em poses sensuais, mas infelizmente é falsa. As fotos foram feitas por Baker e K, responsáveis também pela campanha Attractive & Fat (Atraente & Gorda), uma série de imagens em que uma mulher acima de peso aparece de topless e em poses sexy ao lado de um modelo. As fotos foram feitas como forma de protesto em relação às declarações do CEO da grife Abercrombie & Fitch, que afirmou vender suas roupas apenas para pessoas bonitas e saradas e não fabricar tamanhos acima do G.
2) Projeto "Cura"
Chamado de Heal's (cura, em português), o projeto propõe que pacientes escrevam em um papel o que a recuperação significa e postem a foto na internet. O objetivo é tirar o foco das causas dos transtornos alimentares e falar mais sobre o processo de recuperação e tratamento.
3) Adesivos anti-bulimia
A ação gerou muita polêmica, mas a iniciativa é válida, por isso, merece um espaço. Uma organização e uma agência de publicidade alemãs criaram o adesivo anti-bulimia, no qual vem escrito "Bulimia tem cura", além de telefone e e-mail de apoio. Alguns adesivos foram colados na parte interna das tampas de vasos sanitários de escolas e universidades da Alemanha.
4) Vídeos de dança
Mesmo acima do peso, a produtora Whitney Thore deu uma lição ao criar um canal no YouTube chamado No Shame Body Campaign (Campanha para não ter vergonha do corpo, em português), no qual publica vídeos em que dança coreografias animadas e ensaiadas de músicas pop.
5) Campanha por mulheres reais
A grife de lingerie e beachwear Aerie avisou que não usará mais retoques de photoshop nas modelos. A grife lançou a campanha Aerie Real e passou a escrever em suas anúncios: "tempo de pensar na realidade, tempo de ser de verdade, nada de super modelos, nada de retoques porque as verdadeiras mulheres são sexy". Apesar das modelos nas propagandas ainda serem magras e sem celulites ou estrias, a ideia já é um avanço.