Doria afirma que pode cancelar flexibilização da quarentena

De acordo com o governo, a taxa de isolamento foi novamente de 48% nesta quinta-feira e voltou a acender 'sinal amarelo'

24 abr 2020 - 13h10
(atualizado às 13h52)

O governador João Doria (PSDB) afirmou nesta sexta-feira, 24, que se a taxa de isolamento continuar baixa na região metropolitana, não haverá flexibilização da quarentena nesta área do Estado. A quarentena completou um mês nesta sexta-feira e tem validade para todas as 645 cidades do Estado até o dia 10 de maio. Doria anunciou nesta semana, mas sem detalhamento, um plano para reabertura da economia.

Governador João Doria (PSDB) em coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Governador João Doria (PSDB) em coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Governo do Estado de SP/Divulgação / Estadão Conteúdo

A taxa de isolamento nesta quinta-feira, 23, voltou a ficar em 48% e acendeu novamente um 'sinal amarelo' no governo. "Mais uma vez quero registrar, com a mesma franqueza, que as decisões são tomadas com base na ciência, medicina e saúde. Com 48% de isolamento, não será possível realizarmos flexibilização na região metropolitana de São Paulo. Se não fizerem isolamento, com índice mínimo de 50%, nós revisaremos a decisão a ser anunciada no dia 8 de maio, de flexibilização gradual", afirmou Doria.

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O governo considera como meta 60% de isolamento e o ideal é uma taxa de 70%. Esse indíce, de acordo com o governo, evitaria um colapso no sistema de saúde.

O Plano São Paulo só deve ser detalhado pelo governo no dia 8 de maio. Será um projeto para abrir alguns setores da economia em algumas regiões do Estado. O plano prevê que a abertura vai depender de três critérios: taxa de crescimento do número de pessoas infectadas, capacidade do sistema de saúde de oferecer leitos de internação e número de pessoas testadas para a doença.

A reabertura deve ser gradual e regionalizada, de acordo com o governo, e os municípios serão segmentados de acordo com a situação de saúde de cada um. Haverá uma definição de nível de risco, entre vermellho, amarelo e verde.

"Não há a menor hipótese de irmos contra a medicina, contra a saúde e contra a vida", afirmou o governador, após ser questionado se cancelaria o plano caso as taxas de isolamento se mantenham baixas.

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