Ela já recebeu 15 diagnósticos de câncer e faz quimio há 21 anos: 'Não é isso que vai me matar'

Vera Lúcia hoje é presidente de uma entidade que ajuda pacientes a enfrentarem a doença: 'Já estou com prazo de validade vencido'

13 mai 2024 - 15h13
(atualizado às 15h14)

Quando em 2003 Vera Lúcia Duarte, de 65 anos, recebeu o primeiro diagnóstico de câncer no fêmur, ela se negou a amputar a perna pois tinha um filho pequeno e precisava trabalhar: "Eu disse para a médica que não ia amputar porcaria nenhuma, que tinha que ter outra solução. Falei: ‘Tu vai me ver com muitos e muitos anos. Não é um cancerzinho que vai me matar'”, contou a nutricionista em entrevista ao jornal Metrópoles.

Vera Lúcia Duarte é presidente da Amovi (Associação Amor à Vida)
Vera Lúcia Duarte é presidente da Amovi (Associação Amor à Vida)
Foto: Reprodução/Instagram/@amovicriciuma

Mal ela sabia que aquele seria o primeiro de outros 14 diagnósticos que receberia. Nos anos seguintes, o fibrossarcoma (nome dado para o tipo de tumor de Vera) foi diminuindo graças ao tratamento com quimioterapia, radioterapia e fisioterapia. Hoje ela possui apenas 20% do nódulo na região e, apesar de ter chegado a usar cadeira de rodas e bengala, atualmente ela possui todos os movimentos do membro. 

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Porém, o tumor se expandiu. Em 2005 ela foi diagnosticada com metástase na epitelióide, um câncer raro nas partes moles. Depois, o câncer avançou para o fígado e, em 2008, para a tireoide. A metástase não parou por aí:  em 2011 atingiu o ovário, em 2013 as trompas, em 2015 o colo de útero, em 2018 chegou na pleura, em 2021 foi para a cabeça e o ouvido e, mais recentemente, 2023, Vera teve melanoma (câncer de pele) e, no mesmo ano, a doença atingiu sua vagina. 

Por causa da doença, Vera teve que retirar as amígdalas,  as trompas e precisou colocar uma prótese na região da vagina atingida pelo tumor. Durante esses 21 anos enfrentando o câncer, ela nunca parou de fazer quimioterapia. 

No momento, Vera é presidente da Associação Amor a Vida (AMOVI), uma entidade sem fins lucrativos que ajuda pessoas que estão enfrentando o câncer em Criciúma, Santa Catarina. “Digo que sou um milagre e tudo que faço é em prol deles. Não penso na minha vida, porque sou uma caixinha de surpresas. Já estou com prazo de validade vencido… o que vem pra mim é lucro”, finalizou. 

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Fonte: Redação Terra Você
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