O surto de ebola que assola a África Ocidental causou 21 mortes e infectou outras 44 pessoas nos últimos dois dias, segundo a última apuração realizada pela Organização Mundial da Saúde.
A situação em Serra Leoa e na Libéria ainda é preocupante já que no primeiro país foram registrados 32 novos casos e 15 mortes, enquanto no segundo ocorreram 11 novas infecções e 4 mortes.
Já na Guiné, entre os dias 8 e 10 de julho apenas um novo caso foi detectado, o que parece indicar que a epidemia está diminuindo nesse país, mas outros dois infectados morreram.
"Na Guiné, a tendência da epidemia evidencia uma redução da transmissão viral na comunidade, com apenas um caso registrado nos últimos dias", disse a OMS em comunicado.
Os números acumulados até o momento são de 888 contágios e 539 mortes. Destes, 409 casos e 309 mortos foram na Guiné, 142 infecções e 88 mortes na Libéria e 337 casos e 142 mortos em Serra Leoa.
Além disso, foi estabelecido um Centro de Coordenação Epidêmico em Conacri, a capital da Guiné, para coordenar e harmonizar o apoio técnico oferecido aos países afetados e a prevenção nas nações vizinhas.
A doença - que é transmitida através do contato direto com o sangue e os fluidos corporais de pessoas e animais infectados - causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.
A OMS ativou a Global Alert and Reponse Network (Goarn) - uma rede formada por agências internacionais, governos, universidades, e outras entidades - e solicitou especialistas de diversas áreas que possam viajar aos três países para tentar conter o surto de ebola.
Esta é a primeira vez que uma epidemia de ebola é identificada e confirmada na África Ocidental, pois, até agora, os surtos sempre tinham ocorrido na África Central.