Xuxa Meneghel revelou ter alopecia androgenética, condição genética que causa afinamento capilar. Ela recorreu a um transplante capilar e especialistas destacam a importância do diagnóstico precoce e tratamentos modernos.
A apresentadora Xuxa Meneghel contou que foi diagnosticada com alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície. Por causa da perda de cabelo, ela teve de recorrer a um transplante capilar para amenizar as falhas no couro cabeludo. A revelação foi feita durante participação no programa Mais Você, da TV Globo, nesta quinta-feira, 27.
Apesar de seu nome técnico, a alopecia androgenética não está diretamente ligada aos níveis elevados no sangue dos hormônios masculinos, como se poderia imaginar pelo termo "andro". Trata-se de um afinamento capilar geneticamente determinado, que pode acometer pessoas de qualquer idade.
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"A maioria dos exames são normais, pedimos para descartar doenças ou outras causas", explica a médica dermatologista Violeta Tortelly, coordenadora do Departamento de Cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). "A alopecia androgenética ocorre pela avidez daquele fio ao hormônio, isto é, há uma tendência genética que faz com que o hormônio atue naquele fio e afine ele ao longo dos anos."
Segundo a SBD, a alopecia androgenética é uma condição comum que afeta tanto homens quanto mulheres, embora seja mais frequentemente associada ao público masculino. No homem, as características mais marcantes são o padrão de entradas e região posterior da cabeça ("coroa").
Na mulher, por sua vez, o padrão é mais difuso em toda região superior do couro cabeludo e, apesar de ser menos visível, pode causar grande desconforto emocional, especialmente por ser mais difícil de identificar no início. O médico dermatologista Carlos Barcaui, presidente da SDB, ressalta a importância do diagnóstico precoce, observando que algumas pessoas ainda não sabem a quem recorrer quando enfrentam problema no couro cabeludo.
"Algumas pessoas confundem o trabalho do dermatologista e buscam profissionais que não estão habilitados para cuidar da saúde do couro cabeludo", afirma. "É fundamental informarmos cada vez mais ao público que o médico dermatologista é responsável pelo cuidado da pele, cabelos e unhas, prezando pela saúde geral do paciente em suas avaliações."
De acordo com Violeta, os tratamentos para a queda de cabelo evoluíram significativamente nos últimos anos. Ela orienta àqueles que tentaram tratamentos no passado, sem sucesso, reconsiderem as alternativas mais recentes.
A medicação oral continua sendo a primeira linha de tratamento para a alopecia androgenética, sendo considerada mais segura e eficaz a longo prazo. Já os tratamentos injetáveis, que são utilizados em casos muito específicos e em situações mais avançadas, têm uma resposta menor e são mais caros.
"Os pacientes devem seguir a orientação médica e iniciar o tratamento assim que os primeiros sinais de queda forem percebidos", diz Violeta, ressaltando que os pacientes devem buscar o diagnóstico correto, uma vez que nem toda queda de cabelo é causada pela alopecia androgenética.
"Em casos mais avançados, quando a queda de cabelo já é extensa e o tratamento não é mais eficaz, e o transplante capilar pode ser uma solução estética, proporcionando a recuperação da densidade capilar e melhorando a aparência do couro cabeludo", acrescenta.