Óculos escuros piratas fazem mal; entenda o motivo

A escolha por óculos escuros ideais não se deve dar pelo preço e nem pelos modismos

7 mar 2016 - 19h17

Com réplicas bem acabadas, cada vez mais parecidas com modelos originais e oferecendo preços mais em conta, os óculos escuros piratas ainda têm seus consumidores fieis. Felizmente, esse número tem diminuído nos últimos anos.

Segundo o último levantamento de Estudo de Óticas, realizado em 2014 pela Associação Brasileira de Indústria Óptica (Abiópica), a informalidade nesse segmento de mercado caiu, em comparação ao ano anterior. No ano da pesquisa, apenas 3,5% do total das compras de óculos escuros foram feitas em camelôs, enquanto em 2012 esse número foi de 9,4%.

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Lentes cinza e marrom são confortáveis para a maioria do público.
Lentes cinza e marrom são confortáveis para a maioria do público.
Foto: iStock/Getty Images / Vivo Mais Saudável

Óculos escuros podem prevenir doenças

Essa aparente conscientização dos consumidores é fundamental, pois, segundo o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, o acessório original, comprado em óticas e laboratórios de confiança, ajuda a combater doenças ligadas à visão.

“A exposição exagerada aos raios solares costuma causar ou, no mínimo, agravar várias doenças oculares. Entre elas, câncer de pele, câncer da conjuntiva, pinguécula, ceratite (inflamação da córnea), catarata (opacificação do cristalino), retinopatia solar (queimadura da retina) e degeneração macular”, enumera o especialista.

O modelo de óculos ideal deve conter lentes com filtro UV capaz de bloquear entre 99% e 100% dos raios UVA e UVB. Por isso, não adianta optar por modismos ou por modelos piratas que não ofereçam nenhuma garantia nesse sentido, alerta o especialista.

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Escolhendo o modelo de óculos ideal

Além desses fatores de proteção, outros pontos também devem ser observados na escolha do acessório. As cores das lentes, por exemplo. Engana-se quem pensa que essa decisão é meramente uma questão de gosto pessoal. Ela deve ser influenciada pela função a ser desempenhada com os óculos.

De acordo com Neves, cada lente tem uma utilidade, com exceção da preta, que é a mais indicada no pós-operatório ocular. As de cores cinza e marrom proporcionam mais conforto visual e, por isso, são as preferidas de quase todo mundo. Por outro lado, quem dirige bastante ou tem mais de 60 anos costuma dar preferência às lentes verdes, que oferecem melhor visão de contraste.

Já as lentes amarelas, segundo o oftalmologista, são ideais para quem dirige à noite, porque reduzem o desconforto das luzes que vêm em direção ao motorista. “Quem pratica esportes náuticos ou caça marinha deve dar preferência às lentes de cor púrpura ou vermelha, porque aumentam a visão de contraste em ambientes com fundo azul ou verde”, completa.

Assim como o cuidado com as lentes, o ajuste do acessório no rosto também é fundamental. Ele deve estar colocado de forma que, nos dois lados, não haja penetração solar alguma pelas laterais. Essas precauções também valem, especialmente, para as crianças, uma vez que os efeitos nocivos do sol são cumulativos e podem se manifestar antes que se espere.

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Por isso, além de investir em bons óculos de sol para os filhos pequenos, a dica do especialista é mantê-los na sombra entre 10h e 14h, período em que os raios UV são mais fortes, e utilizar também chapéus e bonés como forma de proteção extra.

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