Escoliose: quais os sintomas e como melhorar o problema?

A campanha 'Junho Verde' visa alertar a população sobre a deformidade da coluna vertebral que afeta, principalmente, crianças e adolescentes

4 jun 2024 - 05h00
Resumo
Junho Verde é uma campanha de conscientização sobre a escoliose, condição que afeta 2-4% da população mundial. Os sintomas podem variar mas incluem desalinhamento da cabeça, assimetria da cintura e dores nas costas. O diagnóstico é feito por um médico especializado e os tratamentos variam entre exercícios terapêuticos, uso de coletes e cirurgia.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que escoliose afeta de 2% a 4% da população mundial
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que escoliose afeta de 2% a 4% da população mundial
Foto: iStock

O mês de junho é conhecido como “Junho Verde” e marca uma importante campanha de conscientização da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, que teve início em 2003, com o objetivo de alertar a população sobre a escoliose e o quão relevante é detectá-la precocemente.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, em média, 80% da população terá alguma crise de dor nas costas pelo menos duas vezes na vida. Um dos principais motivos para dores é a escoliose, que afeta de 2% a 4% da população mundial. 

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Em entrevista ao Terra Você, o médico ortopedista especialista em coluna vertebral e diretor do NOT, Núcleo de Ortopedia e Traumatologia de Belo Horizonte, Daniel Oliveira, explicou a condição, seus sintomas e tratamentos disponíveis. 

De acordo com o profissional, a escoliose afeta principalmente crianças e adolescentes e é uma deformidade da coluna vertebral caracterizada por uma curvatura lateral anormal. A condição pode ser diagnosticada em diferentes faixas etárias, mas é mais comum durante o período de crescimento rápido da criança, entre os 10 e 15 anos de idade. 

Sintomas

O médico conta que os sintomas do desvio podem variar, mas é importante estar atento a alguns sinais de alerta. Entre os mais comuns:

  • Assimetria da cintura;
  • Ombros desiguais;
  • Inclinação pélvica;
  • Desalinhamento da cabeça em relação ao corpo;
  • Dores nas costas;
  • Fadiga muscular.

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Diagnóstico

O diagnóstico da escoliose deve ser realizado por um médico especializado que, através de alguns métodos e procedimentos, pode identificar e avaliar a presença e a gravidade da curvatura da coluna vertebral. 

Inicialmente, é feita uma avaliação clínica, que inclui um histórico médico detalhado, análise dos sintomas relatados pelo paciente, além de um exame físico minucioso, onde é observada a postura da pessoa, procurando por assimetrias, inclinações ou desalinhamentos evidentes da coluna vertebral. 

“Para confirmar o diagnóstico e avaliar a magnitude da curvatura, são utilizados exames de imagem, sendo o principal deles a radiografia da região”, diz o especialista.

Escoliose e exercícios 

O médico explica que a prática de exercícios físicos para pessoas com a condição, vai depender do tipo de escoliose. Se for uma escoliose idiopática, não existem limitações de atividades físicas, pelo contrário, o recomendado é fazer atividade física para manter a musculatura fortalecida e equilibrada.

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“Quando falamos da escoliose do adulto, que muitas vezes está associada a processos degenerativos e de desgaste da coluna, a avaliação é feita individualmente. Mas normalmente as atividades físicas que envolvem muito giro do tronco e a torção da coluna são menos recomendadas”, diz o ortopedista. 

Musculação, ciclismo e pilates são os exercícios mais adequados para quem sofre com a condição.

Tratamento

Segundo o ortopedista, o tratamento depende de diversos fatores, como a idade do paciente, o grau de curvatura da coluna e o risco de progressão da deformidade. 

A detecção precoce desempenha um papel fundamental na eficácia do tratamento, possibilitando intervenções terapêuticas mais simples e conservadoras como fisioterapia, exercícios específicos e o uso de coletes para controlar e corrigir a curva da coluna, evitando e reduzindo a necessidade de tratamentos mais invasivos, como a cirurgia. 

“A cirurgia acontece quando a gravidade da curvatura não pode ser corrigida com outros tratamentos e seu objetivo é, além de conseguir algum grau de correção, evitar que aconteça uma progressão ainda maior da curva”, explica o profissional.

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Fonte: Redação Terra Você
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