O risco de desenvolver demência pode aumentar à medida que você envelhece se não obtiver sono de ondas lentas suficiente. Pessoas com mais de 60 anos têm 27% mais probabilidade de desenvolver demência se perderem apenas 1% desse sono profundo a cada ano, segundo um estudo de 2023.
O sono de ondas lentas é a terceira fase de um ciclo de sono humano de 90 minutos, durando cerca de 20 a 40 minutos. É a fase mais repousante, onde as ondas cerebrais e a frequência cardíaca diminuem e a pressão arterial cai.
O sono profundo fortalece nossos músculos, ossos e sistema imunológico, e prepara nossos cérebros para absorver mais informações. Em 2023, outra pesquisa descobriu que indivíduos com alterações cerebrais relacionadas ao Alzheimer se saíram melhor em testes de memória quando obtiveram mais sono de ondas lentas.
"O sono de ondas lentas, ou sono profundo, apoia o cérebro em envelhecimento de muitas maneiras, e sabemos que o sono melhora a eliminação de resíduos metabólicos do cérebro, incluindo a facilitação da eliminação de proteínas que se agregam na doença de Alzheimer", disse o neurocientista Matthew Pase, da Monash University, na Austrália.
"No entanto, até o momento não tínhamos certeza do papel do sono de ondas lentas no desenvolvimento da demência. Nossas descobertas sugerem que a perda de sono de ondas lentas pode ser um fator de risco modificável para a demência."
Assista ao vídeo com o comentário de André Forastieri.
(*) André Forastieri é jornalista e empreendedor, fundador de Homework e da agência de conteúdo e conexão Compasso, e mentor de profissionais e executivos. Saiba mais em andreforastieri.com.br.
