O exercício físico é essencial para manter a saúde e o bem-estar. Afinal, se manter em movimento regularmente previne o surgimento de doenças crônicas, afasta o sobrepeso e também contribui para a saúde mental. Mas quanto tempo do seu dia você deve separar para dedicar aos exercícios? Um estudo recente parece ter encontrado a resposta.
Uma pesquisa publicada na revista Jama Network sugere que 20 minutos diários de atividades físicas, entre moderadas a intensas, são suficientes para reduzir os problemas de saúde que levam as pessoas às internações hospitalares mais comuns.
"A substituição de 20 minutos por dia de tempo sedentário por 20 minutos por dia de atividades físicas foi associada a reduções significativas no risco de uma ampla gama de condições", afirmaram os autores do estudo. O trabalho foi liderado pela pesquisadora Eleanor Watts, da Universidade de Edimburgo.
De acordo com os resultados, a prática regular de atividades físicas foi capaz de diminuir os riscos para 9 das 25 razões mais comuns de internação. As enfermidades que mais diminuíram em riscos com uma rotina de exercícios foram a doença da vesícula biliar, a diabetes e as infecções do trato urinário.
Para mensurar o impacto das atividades físicas na saúde das pessoas, os pesquisadores avaliaram o histórico de saúde de 81 mil moradores da Inglaterra com idades entre 42 e 78 anos. Os participantes também receberam monitores de pulso, que rastrearam a frequência cardíaca deles pelo período de uma semana.
Benefícios do exercício físico
Para ter mais ânimo para treinar, é interessante saber como a atividade física regular impacta no seu organismo. "O exercício físico estimula a circulação sanguínea e contribui para a queima de gordura. Dessa forma, a prática ajuda a desenvolver os músculos e também fortalecer o sistema imunológico", explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).
Além disso, ele também é uma importante atividade para um envelhecimento saudável, destaca a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e membro da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento.
"Ele é capaz de prevenir o desenvolvimento de doenças hepáticas, proteger o metabolismo das consequências do envelhecimento. Também beneficia o cérebro e a saúde mental, ajudar a tratar a ansiedade crônica e promover alterações epigenéticas no nosso DNA. Tudo isso diminui o risco de doenças", explica a especialista.