A ex-BBB Adriana Sant'Anna compartilhou em seu perfil do Instagram o momento em que realizou uma sessão de hidrocolonterapia, procedimento similar a uma lavagem intestinal que causa a limpeza do intestino grosso através de água morna filtrada inserida no ânus.
"Uma das 7 maravilhas do mundo!", classificou a influenciadora. Ela realizou o procedimento em uma clínica dos Estados Unidos, mas revelou que já tinha feito algumas sessões em clínicas brasileiras.
"Eu fazia quando morava no Brasil, mas nunca imaginei que aqui (também) tivesse… até que fiz um post perguntando para vocês se conheciam algum lugar e (vocês) me lembraram de por no Google!", brincou Adriana.
O que é hidrocolonterapia?
Ainda que o método tenha se popularizado nos últimos anos, a hidrocolonterapia não é um tratamento reconhecido pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia. O propósito do tratamento é eliminar as fezes acumuladas e, além disso, retirar “toxinas do intestino”.
Em um artigo científico da coloproctologista Lúcia Camara Oliveira, a médica diz que o método deriva da teoria da “autointoxicação", que relaciona “a estagnação de fezes no cólon com a formação de toxinas que ao serem absorvidas causariam um envenenamento para o organismo"— teoria que, de acordo com a especialista doutorada pela USP, não é verdadeira.
"Há no mundo um número crescente de profissionais que lidam com terapias alternativas e que advogam o uso da limpeza , lavagem ou hidroterapia do cólon, com a finalidade de detoxicação do organismo, livrando o cólon de toxinas, venenos, e parasitas intestinais. Não há entretanto nenhuma licença ou treinamento exigidos para operar um equipamento de irrigação do cólon", defende Lúcia Camara.
A prática da hidrocolonterapia foi condenada na Califórnia em 1985 pelo "National Council Against Health Fraud” e, até o momento, o FDA (órgão americano que regulamenta medicamentos e equipamentos médicos) não aprova as máquinas disponíveis no mercado para a realização de tal prática.
Riscos da hidrocolonterapia
Este método apresenta alguns riscos aos pacientes, como perfurações do reto e peritonite secundária. Quando o aparelho não é devidamente esterilizado, há também o risco de transmissão de doenças como a amebíase.
Fora os riscos mecânicos, os pacientes que passam por esse procedimento ainda podem sofrer com desidratação, alterações eletrolíticas, síncope e distensão abdominal.
Para tratar constipação, o ideal é procurar ajuda médica – até para descartar doenças como hipotireoidismo, o câncer, a diabetes, distúrbios de motilidade ou apenas dieta inadequada.
Vale lembrar que a hidrocolonterapia é diferente da lavagem intestinal realizada antes de cirurgias ou exames; este método também é conhecido como enema e deve ser feito em hospitais ou ambientes clínicos.