O número de idosos é cada vez maior no Brasil, apontam dados do IBGE. A população com mais de 65 anos aumentou 57%, representando agora 11% da sociedade. Essa mudança demográfica coloca uma pressão significativa nos sistemas de saúde, especialmente considerando a prevalência de doenças crônicas, responsáveis por 72% das mortes. Nesse sentido, adotar um estilo de vida saudável antes ainda de envelhecer é fundamental.
Além disso, o último censo no Brasil mostrou também a redução da taxa de fertilidade. "Isso implica na necessidade de os idosos trabalharem por mais tempo, exigindo melhor saúde e medidas preventivas do estado para a próxima década, incluindo clínicas, exames e profissionais de saúde para suprir as necessidades dos idosos. O foco não deve ser apenas viver mais, mas viver com qualidade. Outros pilares, como a natureza, também influenciam nossa longevidade", afirma o médico cardiologista Dr. Ricardo Camarinha.
Adotando um estilo de vida saudável
A Medicina do Estilo de Vida (MEV) pode ser uma resposta a esse desafio complexo - não apenas através da expansão de serviços médicos, mas transformando a maneira como vivemos. Isso porque mudar hábitos desde cedo é essencial para prevenir doenças crônicas, aponta Ricardo.
Conforme o especialista, o envelhecimento está relacionado à predisposição genética e aos erros acumulados durante a vida. "É crucial a conscientização sobre um estilo de vida saudável, envolvendo o estado, empregadores, pais e profissionais de saúde. Cerca de 72% dos óbitos são devido a erros adquiridos na vida, liderados por doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças neurodegenerativas", afirma.
A Medicina do Estilo de Vida (MEV) enfatiza os 6 pilares do estilo de vida:
- Dieta saudável;
- Atividade física regular;
- Sono adequado;
- Evitar substâncias nocivas, como tabaco e drogas;
- Manejo do estresse;
- Valorização das relações sociais.
"A adoção de um estilo de vida saudável, conforme os 6 pilares mencionados, é essencial para aumentar a longevidade", destaca o cardiologista.