A família de Mingau, de 56 anos, baixista do Ultraje a Rigor baleado na cabeça, começou nesta terça-feira, 5, campanha para pedir doações de sangue para o artista. O músico está internado em no Hospital São Luiz do Itaim, na capital paulista, desde o último domingo.
A filha do baixista, Isabella Aglio, compartilhou em seu Instagram pedido para doações de sangue em nome do pai. "Precisamos de doação de sangue", diz a publicação. Na sequência, ela informa os endereços para coleta e horários de funcionamento. "Rua Tomás Carvalhal, 711, em São Paulo, todos os dias das 07h às 18h. Av. Dom Pedro II, 877, Santo André. De segunda à sábado, das 7h às 12h. Em nome de Rinaldo Oliveira Amaral", conclui a mensagem.
Mingau está sedado e com ventilação mecânica na UTI do hospital recebendo antibióticos, anticonvulsivantes e medidas para conter o aumento da pressão intracraniana. O estado é considerado gravíssimo. Os médicos que cuidam o músico revelaram que a bala que atingiu Mingau atravessou o crânio, atingindo área responsável pelas funções motoras, linguagem e visão.
Segundo ele, não havia resíduo do projétil dentro do crânio, com marcas de entrada e saída. A área afetada pela bala é responsável por funções motoras, da linguagem e da visão. Os médicos ressaltam, no entanto, que não é possível fazer um prognóstico sobre possíveis sequelas.
Entenda o caso
Mingau, de 56 anos, sofreu uma tentativa de assalto em Paraty, no Rio de Janeiro, na madrugada de domingo, 3. Na ação, o músico foi alvo de vários disparos efetuados por criminosos armados. Após transferência para São Paulo, ele fou submetido a uma cirurgia intracraniana de emergência, com duração de 3h30.
Além de prender um homem suspeito de ser o responsável pelo tiro na cabeça do baixista, a Polícia Civil identificou mais três suspeitos que estariam envolvidos no crime. Uma operação integrada busca localizar o trio.
De acordo com o delegado Marcello Russo, a identificação dos três ocorreu durante a operação que capturou o homem identificado como Relíquia, na tarde de domingo, 3, na Ilha das Cobras, em Paraty, no Rio de Janeiro. Na ação, os policiais encontraram dezenas de porções de drogas, como cocaína, maconha e loló, além de carregadores de armas, uma pistola glock com numeração raspada, uma .40, supostamente utilizada na tentativa de homicídio.