A Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido registrou 1.009 reações ao uso de cigarros eletrônicos, onde os principais sintomas são diversas dores, incluindo já indicadas doenças cardíacas e estimulados medidas mais rígidas para o uso e comercialização do produto.
A Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido registrou 1.009 reações ao uso de cigarros eletrônicos, segundo revelou o jornal Daily Mail. Um dos sintomas é a flatulência.
Mas a lista é longa e aponta problemas piores, que vão de dores de cabeça a derrames. De acordo com o levantamento, as reações mais comuns são:
- Tosse
- Dispneia (falta de ar)
- Dor na orofaringe
- Dor no peito
- Dor de garganta
- Náusea
- Desconforto no peito
- Dor de cabeça
- Tontura
- Chiado no peito
Especialistas apontam que, apesar de ainda não haver estudos a longo prazo sobre o impacto dos cigarros eletrônicos no corpo, já é possível saber que os vapes podem danificar os pulmões, vias aéreas e passagens de sangue.
Uma pesquisa, apresentada em um encontro do American College of Cardiology, aponta que pessoas que usaram cigarros eletrônicos em algum momento têm 19% mais probabilidade de desenvolver insuficiência cardíaca em comparação com pessoas que nunca usaram os vapes.
O principal autor do estudo, Dr. Yakubu Bene-Alhasan reforçou a preocupação com o uso dos cigarros eletrônicos, segundo um comunicado da American College of Cardiology.
“Mais e mais estudos estão ligando os cigarros eletrônicos a efeitos nocivos e descobrindo que eles podem não ser tão seguros quanto se pensava anteriormente (...) A diferença que vimos foi substancial. Vale a pena considerar as consequências para a sua saúde, principalmente no que diz respeito à saúde do coração", afirmou.
Os resultados estão alinhados com um estudo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que aponta o consumo regular de cigarros eletrônicos como um elemento que aumenta 1,79 vezes a possibilidade de infarto.
Apesar de a venda dos produtos ser proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, é comum encontrar exemplares dos cigarros para vender. Especialistas defendem medidas mais rígidas em relação ao uso e a comercialização dos produtos.