Muito se fala sobre os riscos de consumir frango por conta do suposto excesso de hormônios que os deixam mais turbinados e são prejudiciais à saúde. Mas afinal, a informação procede, isso é mito ou verdade? O Terra ouviu a médica nutróloga Isolda Prado, diretora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), que afirma que tudo não passa de um mito.
"A produção da carne de frango usualmente é realizada sob a coordenação de agroindústrias, com equipes de formação técnica para a produção de alimentos de forma segura e dentro dos padrões estabelecidos pela lei. No Brasil, a legislação proíbe a utilização de substâncias hormonais com a finalidade de estimular o crescimento", explica.
A especialista conta que, de acordo com um estudo de revisão, a utilização exógena de substâncias hormonais em aves não possibilitaria a obtenção de vantagens zootécnicas e que, dependendo da substância, sua aplicação prática não seria viável.
"Ao contrário, o desenvolvimento das aves atualmente está relacionado, principalmente, à evolução genética das linhagens e avanços dos fatores ambientais, como áreas, nutrição, instalações...", diz a nutróloga.
Quantidade de consumo ideal
A quantidade de consumo de frango varia com base nas necessidades individuais. "Mas em geral, incluir uma variedade de proteínas na dieta e reduzir o consumo de carnes processadas é recomendado. O consumo do frango é preferível sem a pele", explica a médica.
Isolda ressalta que a carne de frango pode ser considerada saudável, pois contém nutrientes.
"Incluindo a proteína animal magra, vitaminas do complexo B, selênio e fósforo. Pode ajudar na construção muscular, manutenção do peso e fornecer nutrientes essenciais para o organismo", conclui.