Certos genes podem determinar se pessoas têm mais risco de ter queimaduras solares e desenvolver câncer de pele, revelou um estudo publicado nesta terça-feira (08/05).
A pesquisa, liderada por pesquisadores do King's College de Londres, identificou 20 genes que determinam a capacidade da pele de se bronzear ou queimar quando exposta à luz solar. Oito deles estariam associados ao câncer de pele.
Segundo o coautor do estudo Mario Falchi, em pelo menos uma região do genoma, foram encontradas evidências que sugerem que um gene associado ao risco de melanoma - um dos tipos de câncer de pele mais comum - age aumentando a suscetibilidade à queimadura solar.
O estudo, que foi publicado na revista especializada Nature Communications, ajuda a explicar os motivos que levam a reações diferentes à exposição solar em pessoas do mesmo tom de pele e também traz uma luz sobre os fatores que causam o melanoma.
"É preciso explorar esses genes mais detalhadamente para entender o mecanismo que os fazem contribuir para as queimadoras causadas pelo sol", acrescenta Falchi.
No futuro, os pesquisadores desejam identificar a probabilidade do desenvolvimento de melanoma com um teste genético.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram o genoma de quase 180 mil pessoas de ascendência europeia no Reino Unido, na Austrália, na Holanda e nos Estados Unidos.
A exposição à luz do sol é fundamental para a produção de vitamina D, que mantém ossos, músculos e dentes saudáveis, e que, segundo pesquisadores, pode ajudar a evitar doenças crônicas, até mesmo o câncer. Muito sol num curto período de tempo, porém, pode ser perigoso para a saúde.
Somente no Reino Unido, são diagnosticados mais de 150 mil casos de câncer de pele a cada ano, cuja origem está extremamente vinculada às queimaduras produzidas pelos raios ultravioleta, aponta o estudo.