A Grande São Paulo já tem 85% dos leitos de UTI ocupados diante da crise do novo coronavírus. A informação foi divulgada pelo secretário Estadual da Saúde, José Henrique Germann. No Estado, esse índice é de 68%. De acordo com Germann, 1.786 pessoas estão internadas em UTI.
O balanço mais atualizado do número de casos e mortes deve ser divulgado às 15h desta quarta-feira, 29, mas Germann disse que os números devem trazer uma previsão de 2.200 óbitos e de 25 mil casos. Na terça-feira, São Paulo teve um recorde de registro de óbitos, com 224 mortes registradas em 24 horas.
Em enfermaria, há 1.917 pacientes internados. A taxa de ocupação nesses leitos é de 47% no Estado e 75% na região metropolitana.
A taxa de isolamento no Estado ficou em 48% nesta terça-feira, 28. O governo vem afirmando que, se essa taxa não for de pelo menos 50%, haverá dificuldade em implementar a flexibilização na quarentena, principalmente na região metropolitana.
De acordo com o governo do Estado, a meta de isolamento é de 60%. O ideal seria 70%, a fim de evitar o colapso do sistema de saúde.
"Não é um número bom. É um número de alerta. Não há a menor condição de flexibilização com essa taxa, com risco de colapso do sistema de saúde, principalmente na Grande São Paulo", afirmou o governador João Doria.
O governo do Estado anunciou a compra de 3.000 respiradores, que foram adquiridos na China a um custo total de R$ 550 milhões. De acordo com o governo, 500 aparelhos serão entregues ao Hospitais das Clínicas e, posteriormente, os demais serão encaminhados para outros hospitais da rede estadual na capital e no interior.