Morreu o primeiro paciente diagnosticado com a variante H5N2 da gripe aviária, informou na quarta-feira, 5, a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas, por ora, a OMS avalia que o vírus representa baixo risco para a população mundial, e que casos esporádicos, como esse, "não são inesperados" quando circulam nas aves de determinada região.
Os vírus da gripe animal podem infectar humanos, principalmente através do contato direto com os bichos infectados ou ambientes contaminados. Dependendo do hospedeiro original, os vírus influenza A podem ser classificados como influenza aviária, influenza suína ou outros tipos de vírus influenza animal.
Um temor é sempre relativo à transmissão de humano para humano. De acordo com o Ministério da Saúde, a propagação de subvariantes da gripe aviária entre humanos, pelo contato próximo prolongado e desprotegido, tem sido relatada muito raramente, sendo limitada, ineficiente e não sustentada. No caso da H5N2, não há relatos.
O caso fatal ocorreu no México. Trata-se de um homem de 59 anos, que já apresentava um quadro de saúde instável, com uma série de comorbidades (doenças) presentes. Segundo a OMS, os familiares relataram que ele já estava acamado há três semanas, por outros motivos, antes do início dos sintomas agudos. Embora a fonte de exposição ao vírus neste caso seja atualmente desconhecida, o H5N2 foi relatado em aves do México, que tem relatos de surto de gripe aviária entre aves de ao menos três Estados.
Nenhum outro caso de H5N2 foi relatado durante a investigação epidemiológica da OMS. Foram testados 17 contatos identificados, e doze contatos adicionais perto da residência do caso.
Segundo a OMS, as infecções pelo vírus da gripe aviária em humanos podem causar infecções leves até graves do trato respiratório, e podem ser fatais. Conjuntivite, sintomas gastrointestinais, encefalite e encefalopatia também foram relatados.
Sempre que os vírus da gripe aviária circulam nas aves, existe o risco de infecção e de pequenos grupos de casos humanos devido à exposição a aves infectadas ou a ambientes contaminados, diz a agência internacional. A OMS destacou que pode mudar a avaliação de risco caso surjam novas informações.