Gripe H1N1 já provocou a morte de 40 pessoas em São Paulo

25 abr 2016 - 17h34
(atualizado às 17h36)

A gripe Influenza A/H1N1 já provocou a morte de 40 pessoas na cidade de São Paulo, entre elas uma gestante. O dado foi divulgado hoje (25) à tarde pelo secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com o secretário, até 19 de abril 2.218 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram notificados. Desse total, 385 casos foram confirmados para H1N1.

Para Alexandre Padilha, ´é importante que o medicamento oseltamivir seja usado de forma correta'
Para Alexandre Padilha, ´é importante que o medicamento oseltamivir seja usado de forma correta'
Foto: Luiz Guadagnoli/ SECOM

Segundo o secretário, a partir dos dados não é possível inferir se houve aumento ou queda no número de casos e de óbitos de H1N1, em comparação com outros períodos, já que houve antecipação este ano da circulação do vírus, antes mesmo da chegada do inverno.

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Em todo ano passado foram 12 casos de H1N1, sem nenhuma morte. Em 2014, foram 35 casos com dez mortes. Em 2013, foram 588 casos, com 84 mortes. “Não é possível fazer essa avaliação neste momento [se houve queda]. O que estamos percebendo é que há uma circulação antecipada e que, até a 13ª semana epidemiológica, ela atingiu o pico. Na 14ª semana ocorreu oscilação para baixo no número de casos, mas não é possível dizer que essa seja uma tendência”, acrescentou o secretário.

Conforme Padilha, a prefeitura adotou duas medidas para tentar reduzir o número de casos. “Duas grandes medidas tomadas para reduzir casos graves de óbitos [na cidade] são a antecipação da campanha de vacina e a garantia, na rede pública municipal e no setor privado, do medicamento adequado que é o oseltamivir.” Padilha acrescentou que a secretaria já ultrapassou 63% da meta de vacinação dos grupos prioritários na primeira semana e meia de vacinação,

Segundo Padilha, não há falta de oseltamivir na rede pública, mas há uma orientação aos profissionais de saúde para que o medicamento seja utilizado da forma correta. “O oseltamivir é uma medicação que deve ser aplicada até 48 horas do início de sintomas naqueles pacientes com indicação de uso do remédio.

O secretário alertou para a importância de os grupos prioritários - idosos, gestantes, puérperas (mulheres que deram à luz recentemente), crianças menores de cinco anos e pessoas com doenças crônicas - serem vacinadas o mais rápido possível. “É importante vacinar quem tem indicação clara pela Organização Mundial de Saúde para vacinar.”

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Até o momento, a campanha de vacinação antecipada na cidade de São Paulo já atingiu 63,9% do público-alvo, sendo 94,8% dos profissionais de saúde, 61,9% de idosos, 56,5% de crianças menores de cinco anos e 46,4% de gestantes. Para o secretário, o número de gestantes vacinado ainda é baixo. “Quero reforçar a segurança dessa vacina. Ela não é como outras de vírus vivo. É uma vacina extremamente segura para gestantes. As gestantes estarão se protegendo e protegendo seus filhos”.

O secretário alertou ainda para uma campanha que está se tornando comum na cidade de São Paulo: empresas ou edifícios que contratam centros de saúde para aplicar vacinas em seus funcionários ou moradores contra a gripe.

Segundo ele, é preciso verificar a procedência da vacina e se os centros de vacinação estão credenciados. “Há uma prática de clínicas privadas sem autorização procurarem edifícios, condomínios e clubes para fazer a vacinação, cobrando das pessoas para isso. A clínica que faz uma ação como essa precisa de autorização. A Vigilância Sanitária tem de observar como será a condição de transporte da vacina e do manuseio dessa vacina.”

Alexandre Padilha informou que pelo menos duas clínicas já foram flagradas em São Paulo aplicando irregularmente vacina contra a gripe. As clínicas poderão ser multadas ou autuadas.

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Para que a população saiba se a clínica está credenciada ou para denunciar é importante ligar para o telefone 156 ou para a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa).

Agência Brasil
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