Coriza, congestão nasal, tosse e espirros. São todos sintomas da gripe, mas que também podem indicar sinusite ou rinite. Com a queda na temperatura, todas essas respostas do sistema imunológico se tornam comuns, o problema é identificar de qual doença se trata.
De acordo com a Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês), cerca de 30% a 40% da população mundial sofre com rinite alérgica. Já a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial aponta que 15 a 20% da população mundial possui sinusite. Sem contar com a gripe, que afeta milhões de pessoas todos os anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Gripe
O Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci, otorrinolaringologista e professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, explica que as diferenças entre as três doenças são poucas, porém perceptíveis, principalmente quando o caso é gripe.
"A gripe é uma doença viral, ou seja, causada, na maioria das vezes, por um vírus chamado Influenza. Os sintomas podem ser: febre, dores no corpo, fraqueza, tosse, congestão nasal e falta de apetite. Sintomas típicos de um resfriado, contudo mais intensos", explicou.
Sinusite
Diferente da gripe, que também afeta a garganta e a laringe, a sinusite é uma inflamação exclusiva das vias nasais e dos seios paranasais (as cavidades localizadas abaixo dos olhos e ao redor do nariz). Ela possui múltiplas causas: vírus, bactéria ou alergias.
"Além da congestão nasal, a sinusite vem acompanhada de dor no rosto, principalmente nos seios da face, sensação de peso no rosto, dor na cabeça, mau hálito e perda do olfato. E, geralmente, a secreção nasal é amarelada ou esverdeada e a tosse piora durante a noite", esclarece o especialista.
Rinite
A rinite é mais fácil de identificar por ter origem e ação diferentes da gripe e sinusite. A semelhança, porém, é que ela também afeta as vias nasais. A rinite é uma condição alérgica que causa inflamação nas mucosas nasais, resultado do contato com um agente externo considerado agressor do organismo, como poeira, ácaros, pólen, pêlo de animais domésticos e até cheiros fortes.
Além dos espirros constantes, da congestão nasal e da coceira nos olhos, nariz e garganta, a rinite não vem acompanhada de febre e a coriza é transparente, o que a diferencia da sinusite.
"O paciente que tem rinite, geralmente, já conhece sua condição e sabe o que provoca sua alergia. O que acontece é que no inverno o ar fica mais seco e as mucosas nasais também, com as partículas se espalhando mais facilmente, as chances de uma crise são bem maiores. Por isso, o ideal é manter uma ingestão de água adequada, e lavar e hidratar o nariz diariamente com soro fisiológico. Esse é o melhor preventivo para os alérgicos", ressaltou Dr. Eduardo Dolci.
Como prevenir
Seja qual for a doença respiratória, os bons hábitos costumam ser a melhor alternativa para fugir delas. "O recomendado é lavar bem as mãos várias vezes durante o dia, evitar levar a mão à boca, ao nariz e aos olhos, manter uma boa hidratação, uma alimentação saudável e deixar os ambientes mais umidificados e arejados", finaliza o especialista.