Essa técnica já foi usada nas epidemias de ebola e H1N1 e surge como mais uma estratégia possível de tratamento para o novo coronavírus. O Hemorio já havia estudado a técnica em parceria com a Fiocruz e a Universidade de Pittsburgh, nos EUA, contra o vírus da dengue, obtendo resultados promissores.
"É uma alternativa terapêutica promissora que poderá dar uma nova chance a muitas pessoas", afirmou o secretário de saúde do Estado, Edmar Santos. "Estamos empenhados em avançar nos estudos e, se os resultados vierem, será mais um meio de salvarmos vidas. Quanto menos pessoas infectadas ao mesmo tempo, menos mortes."
O diretor do Hemorio, Luiz Amorim, explicou que cada bolsa de plasma coletada pode fornecer tratamento para até três pessoas. O plasma doado pelos pacientes curados ficará na unidade e será distribuído mediante solicitação dos hospitais que tratam casos graves do novo coronavírus.
"A expectativa é de que haja melhora da evolução da doença e redução da mortalidade nos pacientes que receberem a terapia, além de os riscos serem praticamente zero", afirmou Amorim. "No entanto, só os resultados dos estudos determinarão se a abordagem é de fato eficaz."
França, Canadá, Israel e Espanha também estão se preparando para usar o plasma convalescente contra a covid-19, como já está sendo feito nos Estados Unidos. Resultados obtidos com pacientes na China indicam bons resultados.
O secretario ressaltou a importância do isolamento social: "Faço mais um alerta para as pessoas ficarem em casa".