O herpes-zóster, popularmente conhecido como "cobreiro", é uma doença causada pelo mesmo vírus da catapora, o Varicela-Zóster (VVZ). Esse vírus permanece dormente no corpo após a primeira infecção e pode reativar-se na idade adulta, especialmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido, como portadores de doenças crônicas, pessoas com HIV, transplantados, pacientes oncológicos e idosos.
Embora mais comum em adultos, o herpes-zóster pode surgir após contato com pessoas infectadas pelo vírus da varicela ou até com outro portador de herpes-zóster, o que sugere a possibilidade de reinfecção. Em crianças, a exposição ao herpes-zóster pode resultar em catapora. O herpes-zóster pode ser grave e, em casos extremos, levar a complicações fatais.
Quais são os sintomas da herpes-zóster?
O herpes-zóster possui sintomas característicos, que frequentemente surgem antes das lesões cutâneas:
- Dor intensa nos nervos (nevrálgica)
- Sensação de formigamento, queimação ou coceira no local afetado
- Febre, dor de cabeça e mal-estar
- Erupções cutâneas (bolhas sobre áreas avermelhadas)
Essas erupções geralmente seguem um nervo específico e aparecem em um só lado do corpo, com maior incidência nas regiões torácica, cervical e ao longo do nervo trigêmeo. Em pessoas com imunidade comprometida, as lesões podem se espalhar mais amplamente.
O que a herpes-zóster pode causar?
De acordo com o Ministério da Saúde, o herpes-zóster pode levar a diversas complicações, algumas potencialmente graves, como:
Nevralgia Pós-Herpética (NPH): dor persistente na área afetada, que pode durar semanas ou meses após a erupção.
Ataxia Cerebelar Aguda: afeta equilíbrio e coordenação motora.
Infecções bacterianas secundárias: como impetigo e celulite, podendo evoluir para infecções graves.
Síndrome de Ramsay Hunt: paralisia facial e erupção no ouvido, com recuperação difícil.
Infecção fetal durante a gestação: a varicela congênita pode causar malformações.
Como saber se tenho herpes-zóster?
O diagnóstico é feito principalmente por exame clínico, com base nos sintomas e histórico de catapora. Em casos graves ou de dúvidas, pode-se utilizar exames laboratoriais, como:
- Sorologia (ELISA e IFI)
- PCR (padrão ouro para diagnóstico)
Qual é o tratamento para a herpes-zóster?
O tratamento para o herpes-zóster depende do quadro clínico e da condição do paciente. Para casos leves, recomenda-se tratamento sintomático, com analgésicos, antipiréticos e anti-histamínicos para aliviar a coceira.
Para casos graves ou pacientes de risco, é recomendado o uso de antivirais, como o aciclovir, que deve ser administrado nas primeiras 24 horas para reduzir a gravidade e prevenir complicações.
Além disso, pessoas com herpes-zóster disseminado ou complicações graves devem ser hospitalizadas em isolamento.
Como posso me prevenir da herpes-zóster?
A prevenção é fundamental para evitar a disseminação do vírus. Algumas medidas básicas de higiene podem ajudar a evitar a contaminação, entre elas:
Vacinação: está disponível no Brasil na forma de vacina monovalente ou combinada com a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).
Isolamento: pessoas com lesões devem evitar contato próximo até que todas as bolhas tenham cicatrizado.
Higiene das mãos: lavar as mãos após tocar nas lesões.
Imunoprofilaxia: em surtos hospitalares, recomenda-se a vacina para comunicantes suscetíveis, imunocompetentes, maiores de nove meses.
Se você notar sinais de herpes-zóster ou sintomas de dor e erupções unilaterais, procure um médico. É especialmente importante buscar ajuda caso você tenha imunidade comprometida ou algum quadro crônico, como diabetes ou hipertensão.
O herpes-zóster, embora comum, pode trazer complicações sérias. Com diagnóstico precoce e cuidados adequados, o controle e a recuperação são possíveis, garantindo uma vida saudável e bem-estar a longo prazo.