Um homem foi diagnosticado com sepse (infecção generalizada) potencialmente fatal após tentar remover um pelo encravado da perna. A princípio, o paciente foi deixado em coma, declarado com morte cerebral e os médicos deram apenas 4% de chance de vida. Após um mês, ele saiu do coma sem apresentar sinais de danos cerebrais. Desde então, se recuperou quase totalmente.
Steven, cujo sobrenome e idade não foram revelados, foi diagnosticado no final de 2022. A sua irmã, Michelle, documentou todo o processo em sua conta do TikTok. Os médicos descobriram que a infecção bacteriana séptica atingiu seu coração e o "destruiu", afirmou a irmã por meio de vídeos.
Sepse
A sepse é uma inflamação generalizada desencadeada pela resposta do organismo a uma infecção fora de controle. Ela se inicia nos pulmões, nos rins, no abdômen, na bexiga, na pele ou no sistema nervoso central. Apelidado de "assassino silencioso", pode estimular rapidamente uma série de complicações potencialmente fatais, incluindo falência de órgãos. Se não for tratada, pode levar à morte.
A sepse, por fim, pode causar falência múltipla de órgãos e isso leva ao chamado 'choque séptico', quando a pressão arterial cai abruptamente e não responde ao tratamento. O choque sofrido por Steve levou a uma série de complicações alarmantes, incluindo coágulos sanguíneos, pneumonia, falência de órgãos e doença pulmonar SDRA - síndrome do desconforto respiratório agudo.
Contudo, devido às complicações, o paciente foi entubado e colocado em coma induzido para permitir que o seu corpo se recuperasse. Ele passava quase 18 horas por dia virando-se de costas para o peito, o que melhorava o fluxo de oxigênio para os pulmões. Assim, médicos realizaram uma cirurgia em Steven para reparar os danos causados pela sepse.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a síndrome é uma das principais causas de morte no mundo. Principalmente, idosos, crianças, pessoas hospitalizadas ou com doenças crônicas e aquelas com sistemas imunológicos frágeis, constituem os grupos de risco.
A OMS alerta que a maioria dos casos da síndrome pode ser evitada com cuidados simples, como lavar as mãos com água e sabão, manter a carteira de vacinação em dia e evitar o uso indiscriminado de antibióticos.
* Sob supervisão de Lilian Coelho