O humorista Franklin Medrado, de 38 anos, usou seu perfil no Instagram para compartilhar um depoimento emocionante com seus mais de 1 milhão de seguidores. Ele revelou que recebeu o diagnóstico de perda auditiva neurossensorial há anos atrás.
“Só consigo falar sobre isso hoje porque já trabalhei muito esses sentimentos em mim”, disse Medrado.
Comum em idosos, a perda auditiva neurossensorial se caracteriza por lesões no ouvido interno, danos ao nervo auditivo (nervo coclear) ou áreas cerebrais responsáveis pelo processamento auditivo, que resulta em menor percepção do som progressivamente.
Em conversa com o Terra, a audiologista e especialista em audição da clínica AudioFisa, Ariane Gonçalves, conta que essas causas podem ser diagnosticadas por meio de exames audiológicos, impedanciometria, exames de imagem e ressonância magnética, além de testes específicos como o potencial evocado auditivo.
Sinais de alerta
Em seu perfil, Franklin Medrado explicou que adquiriu o quadro geneticamente, já que seu pai e irmão também sofrem com a surdez. Algumas condições genéticas podem predispor a perda auditiva neurossensorial, como a síndrome de Usher ou a síndrome de Waardenburg.
A audiologista destaca que perda auditiva súbita, tontura, zumbido persistente, dor no ouvido, ou qualquer outro sintoma incomum associado à audição podem ser sinais de alerta que indicam a necessidade de intervenção médica imediata para perda auditiva neurossensorial. Outros sintomas incluem:
Envelhecimento: Comum em idosos, devido ao desgaste natural das células sensoriais do ouvido interno ao longo do tempo.
Exposição a ruídos altos: Exposição prolongada a música alta, máquinas barulhentas ou ambientes de trabalho ruidosos, pode danificar as células ciliadas do ouvido interno.
Trauma acústico: Exposição súbita a um ruído extremamente alto, como uma explosão, pode causar danos imediatos às estruturas auditivas.
Infecções: Infecções virais como caxumba, rubéola e herpes podem causar danos ao ouvido interno.
Exposição a substâncias tóxicas: Certas substâncias químicas, como alguns medicamentos ototóxicos, podem causar danos às células auditivas.
Tratamento
As opções de tratamento para perda auditiva neurossensorial variam dependendo do exame de audiometria do paciente. Mas para esse tipo de perda auditiva os tratamentos disponíveis são o uso dos aparelhos auditivos, implantes cocleares e em alguns casos o uso da prótese osteoancorada.
“Terapia auditiva e reabilitação também são comuns para ajudar os pacientes a se adaptarem à perda auditiva e maximizar o uso residual da audição”, explica a audiologista.