Uma pesquisa realizada pela Simba Sleep constatou os impactos estéticos e físicos causados pela privação do sono, tais como rugas, olheiras, flacidez, envelhecimento precoce, piora na memória e redução da imunidade.
Uma pesquisa da empresa Simba Sleep buscou registrar os impactos que a privação do sono causa na aparência das pessoas. Entre as consequências estéticas estão o surgimento de rugas, olheiras e flacidez na pele.
A análise levou em conta a rotina de sono de 2 mil britânicos; eles foram questionados sobre seus padrões de sono e tiveram os rostos catalogados, para que a Inteligência Artificial pudesse reproduzir os efeitos das noites mal-dormidas.
As britânicas reclamaram do surgimento de linhas finas e de rugas. Já os homens se queixam do surgimento de olheiras e de uma piora da qualidade da pele, que fica mais seca.
Segundo o médico neurocirurgião Felipe Mendes, a privação do sono é uma condição preocupante, que afeta gravemente a saúde física e mental dos pacientes. "Entre os efeitos mais visíveis e alarmantes está o envelhecimento precoce e a piora da capacidade da memória", aponta.
A privação do sono pode acelerar o processo de envelhecimento do organismo por diversos mecanismos, explica o médico: "Durante o sono, o corpo realiza funções de reparo e regeneração celular. A falta de sono interfere na produção de hormônios importantes, como o hormônio do crescimento, que é essencial para a manutenção e reparo dos tecidos. Além disso, o sono inadequado aumenta o estresse oxidativo e a inflamação no corpo, ambos conhecidos por contribuir para o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de doenças crônicas".
Além dos efeitos na aparência, não dormir bem também causa outros problemas de ordem cognitiva, como diminuição da atenção, da memória e da capacidade de decisão. Já os problemas de ordem física são: aumento da probabilidade de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e redução da imunidade. Fora isso, pessoas que passam por privação de sono têm um risco aumentado de desenvolver demências no futuro.
Ainda de acordo com o especialista, a quantidade ideal de sono varia conforme a idade e as necessidades individuais, mas a recomendação geral para adultos é de no mínimo 7 horas por noite.
"Para determinar a quantidade ideal de sono, é importante observar não apenas a duração, mas também a qualidade do sono. Avaliar como você se sente ao acordar e ao longo do dia pode ajudar a ajustar suas horas de sono. Sensação de cansaço ou sonolência diurna podem ser um sinal de que você precisa de mais horas na cama ou um sono mais reparador e de melhor qualidade", finaliza o neurocirurgião.