Infarto nem sempre começa com dores no peito; como identificar?

Dor do infarto pode ocorrer na mandíbula, boca do estômago, costas e nos braços, explica cardiologista; Burnier foi dirigindo ao hospital

4 jan 2024 - 10h42
(atualizado às 10h44)
José Roberto Burnier
José Roberto Burnier
Foto: Reprodução/Instagram @jr.burnier

O âncora de telejornais da TV Globo, José Roberto Burnier, de 63 anos, usou seu perfil nas redes sociais para mostrar como ficaram as veias do coração após ter sofrido um infarto e passar por cirurgia para colocar um stent na última semana.

Em seu depoimento, o jornalista afirmou que não sabia que estava infartando. Ele chegou a ir dirigindo para o hospital. Com isso, o caso trouxe à tona uma preocupação muito comum quanto a identificação dos sintomas de um infarto.

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O infarto é uma condição séria e potencialmente fatal que ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do músculo cardíaco é bloqueado. Isso geralmente acontece devido à obstrução das artérias coronárias por placas de gordura e coágulos sanguíneos.

Sintomas

Imagem meramente ilustrativa de uma mulher com dor abdominal
Foto: iStock

O médico cardiologista Ricardo Contesini explica que o infarto pode se manifestar de diversas maneiras, desde a dor no lado esquerdo do peito, até dores na região do estômago assim como palpitações, tonturas, náuseas, falta de ar e até mesmo sem apresentar sintoma algum, como o caso de Burnier.

“A dor do infarto também pode ser diferente da dor no peito, podendo ocorrer na mandíbula, boca do estômago, costas e ambos os braços, mas sendo mais comum o acometimento do braço esquerdo. A dor no peito dura em média 15 minutos, passando esse tempo pode provavelmente ser um infarto”, diz o especialista.

Homens e mulheres podem manifestar sintomas distintos de infarto. No caso dos homens, a dor característica ocorre no peito com irradiação para a mandíbula, enquanto nas mulheres é mais frequente sentir dores nas costas ou na região da “boca do estômago”, muitas vezes na forma de pontadas. Náuseas, tonturas e falta de ar, por sua vez, podem estar relacionadas a ambos os gêneros.

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Fatores de Risco 

O infarto é mais comum em indivíduos após os 50 anos de idade. Os principais fatores de risco são: história familiar positiva para infarto, tabagismo, diabetes, colesterol, hipertensão e sedentarismo. A obesidade recentemente foi comprovada como fator de risco cardiovascular isolado.

“Além disso, o próprio envelhecimento das artérias pode deixá-las mais rígidas reduzindo a dilatação e consequentemente aumentando o risco de infarto. Por isso podemos afirmar que os infartos em pacientes mais jovens têm uma carga genética maior e normalmente são mais graves”, conta o médico.

De acordo com Contesini, a genética é um dos principais fatores de risco cardiovascular, senão o principal. Em casos de uma história familiar notavelmente marcante, é crucial realizar acompanhamento próximo, incluindo consultas e exames em intervalos mais curtos, além de manter um controle rigoroso dos fatores de risco. 

A avaliação médica anual indicada para pacientes acima de 45 anos que já possuem fatores de risco, pode solicitar, além de análise física e eletrocardiograma, a realização de exames cardiológicos como teste ergométrico, ecocardiograma, cintilografia ou angiotomografia de coronárias.

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A identificação precoce dos sintomas e a resposta rápida são fundamentais para minimizar os danos ao coração. Se alguém apresentar sinais de infarto, é importante chamar imediatamente o serviço de emergência e aguardar assistência médica. O tratamento oportuno pode ajudar a restaurar o fluxo sanguíneo e preservar a função cardíaca, melhorando as chances de recuperação.

Fonte: Redação Terra Você
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