Influenciadora relata efeitos do vício em jogo do aviãozinho

Rafaela Silva, 21 anos, passou por problemas físicos e psicológicos desde que conheceu os jogos de apostas online

17 nov 2024 - 23h58
Influenciadora relata efeitos do vício em jogo do aviãozinho
Influenciadora relata efeitos do vício em jogo do aviãozinho
Foto: Getty Images

O vício em jogos online é doença mental séria que pode trazer graves consequências para a pessoa viciada. Rafaela Silva, de 21 anos, é um exemplo. Em 2021, ela conheceu o Aviator, também conhecido como “jogo do aviãozinho”, que funciona com várias rodadas de apostas. 

Em pouco tempo, a influenciadora passou a ter comportamentos cada vez mais agressivos com todos ao seu redor, para alimentar a sua vontade de fazer lances cada vez mais altos no jogo.

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Naquele ano, Rafaela passou a receber uma média de R$ 6 mil por noite com o jogo, um dinheiro que vinha “de forma fácil”. A jovem paulista tinha acabado de completar a maioridade e se mudado do interior de São Paulo, onde morava com os pais, para Minas Gerais. 

Em Minas, ela começou a trabalhar com plataformas de conteúdo adulto. “Eu comecei a trabalhar com conteúdo adulto e ganhava muito dinheiro”, disse à revista Marie Claire.

Foi justamente na plataforma adulta que Rafaela viu propagandas do jogo do aviãozinho e resolveu tentar a sorte pela primeira vez. No começo, ela ganhava de 1 mil a 2 mil reais por semana com o jogo. Mas, com o passar do tempo, o que era lucro passou a ser prejuízo.

No auge do vício, Rafaela chegou a abandonar sua carreira como criadora de conteúdo adulto e passou a apenas apostar no jogo do aviãozinho, que passou a ser a sua única fonte de renda. Em dois meses, ela juntou R$ 35 mil, mas acabou perdendo tudo em novas apostas.  Com isso, ela voltou para a casa dos pais em São Paulo.

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O seu pai tentou lhe ajudar e chegou a emprestar R$ 4 mil para Rafaela. Ela apostou o valor e, do valor inicial, só sobraram R$ 50.  

Em meados de novembro de 2023, o vício atingiu seu ápice. Rafaella voltou a Minas Gerais e passou a ameaçar amigos e os pais para receber dinheiro para jogar. Ela tomava remédio para dormir e, quando acordava, só queria jogar. E foi assim até dezembro.

Isso só mudou quando sua mãe foi lhe buscar e levá-la de volta para o interior de São Paulo. E assim iniciou um processo de tratamento com psicólogo e psiquiatra.  

Após ter passado pelo tratamento, a influenciadora está há quase um ano sem jogar. No entanto, até hoje ela sofre com abstinência pelo jogo. “Às vezes meu corpo ‘formiga’, chega a tremer. É uma sensação horrível. Quando eu comecei a perder o dinheiro, tive problema nos nervos da tremedeira. Durante a abstinência, também já tive dor de barriga, de cabeça, queimação no estômago, entre outras coisas horrível”, finalizou. 

Fonte: Redação Terra
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