A internação de Ivete Sangalo na quinta-feira (23) pegou fãs da cantora de surpresa. Nas redes sociais, a artista de 51 anos revelou que está tratando um quadro de pneumonia e que recebeu o diagnóstico após a suspeita de uma virose.
“Essa semana, terminada a maratona carnavalesca, assim como grande parte das pessoas, peguei uma virose. Na terça-feira, não me sentia confortável com uma tosse chata e muito repetitiva. Hoje, a partir de aconselhamento médico, vim ao hospital e então veio a internação. Diagnóstico: pneumonia. Estou assistida e já me sentindo melhor”, escreveu Ivete em seu perfil no Instagram.
Para entender a evolução de viroses comuns a condições mais graves, como a pneumonia, o Terra conversou com a médica pneumologista da Saúde no Lar, Michelle Andreata.
A especialista explica que uma virose pode sim evoluir para pneumonia devido a fatores como imunossupressão, infecções bacterianas secundárias, doenças crônicas, idade avançada, diabetes, tabagismo, consumo excessivo de álcool e desnutrição.
Sintomas
Andreata orienta que a pessoa procure ajuda médica se os sintomas da gripe, como febre, tosse e dor de garganta, estão muito intensos ou não melhoram após alguns dias.
Qualquer sinal de dificuldade para respirar ou falta de ar, dor severa ou persistente no peito ou no abdômen, alterações no estado mental, como confusão ou dificuldade para acordar, sintomas que melhoram e depois retornam com febre e tosse piorada também são sinais de alerta da doença.
Prevenção
Para prevenir a evolução de uma simples virose para pneumonia, a médica indica que se lave as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir, espirrar, ir ao banheiro ou antes de comer, evitando assim a propagação de vírus e bactérias.
Entre outras formas de prevenção estão:
- Manter as vacinas atualizadas, incluindo a vacina contra a gripe anual e, dependendo da sua situação, a vacina contra pneumonia (pneumocócica) e outras vacinas recomendadas pelo médico;
- Manter distância de pessoas que estão doentes, especialmente se elas têm sintomas de resfriado ou gripe;
- Cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ou com o cotovelo ao tossir ou espirrar e descartar o lenço de papel usado imediatamente;
- Manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais;
- Praticar exercícios regularmente, manter um peso saudável;
- Evitar o fumo e limitar o consumo de álcool;
- Dormir o suficiente para ajudar o sistema imunológico a combater infecções;
- Manter os ambientes limpos e bem ventilados para evitar a acumulação de agentes infecciosos;
- Gerenciar eficazmente as condições de saúde existentes, como diabetes, asma ou DPOC, que podem aumentar o risco de pneumonia.
Tratamento
A especialista explica que a abordagem de tratamento vai depender da causa da infecção (bacteriana, viral ou fúngica), a gravidade dos sintomas, a idade do paciente e se existem outras condições de saúde presentes.
Em casos de pneumonia bacteriana, é administrado o uso de antibióticos - oral ou intravenosa - que vão depender da gravidade da pneumonia e do tipo mais provável de bactéria causadora.
Se o paciente tiver diagnóstico de pneumonia viral, semelhante à pneumonia bacteriana, o descanso e a hidratação são essenciais. Em alguns casos, especialmente para pneumonia causada por certos vírus como a influenza, os médicos podem prescrever antivirais e medicamentos para reduzir a febre, aliviar a dor e suprimir a tosse.
Quanto à pneumonia fúngica, o tratamento principal é o uso de medicamentos antifúngicos, que podem ser administrados oralmente ou por via intravenosa, dependendo da gravidade da infecção.
“Em alguns casos, técnicas de fisioterapia respiratória podem ajudar a remover secreções dos pulmões. É necessário investir em uma alimentação adequada e nutritiva, evitar o cigarro e vacinar”, reforça a médica.