Uma estudante de 16 anos morreu em decorrência de um coágulo sanguíneo cerebral que surgiu, provavelmente, por conta da ingestão de pílulas anticoncepcionais. A jovem faleceu menos de um mês depois de ter começado a tomar a pílula para controlar sintomas de cólica.
Segundo o jornal Daily Mail, Layla Khan começou a tomar o medicamento no final de novembro, no dia 25. No dia 5 de dezembro a jovem começou a sentir fortes dores de cabeça e vômito. Ela chegou a ir ao hospital, mas foi liberada em seguida “sem sinais de preocupação".
Na noite da segunda-feira da semana passada (11), Layla começou a sentir dores fortes e desmaiou no banheiro de casa. Ela passou por uma tomografia e um coágulo sanguíneo foi identificado no cérebro. Apesar de ter feito uma cirurgia de emergência, a jovem não sobreviveu ao procedimento e faleceu na quarta-feira (13).
Agora, a família de Layla quer aumentar a conscientização de outras pessoas quando aos riscos da pílula anticoncepcional, que eles acreditam ter sido a causa do coágulo. Layla sofria de fortes dores de cólica e seguiu a recomendação de amigos para tomar a pílula anticoncepcional, sem antes consultar um médico.
Quais são os riscos da pílula anticoncepcional?
A ciência já descobriu que a combinação de hormônios como estrógeno e progestágeno pode aumentar o risco de doenças do coração, derrames cerebrais e a formação de coágulos. Diversas pesquisas comprovaram que mulheres cardiopatas, hipertensas, tabagistas, diabéticas ou obesas possuem maior chance de acumular placas de gorduras em suas artérias.
Além disso, o medicamento pode também mascarar a presença de doenças sérias, como a endometriose, como explicou a ginecologista e obstetra Eloisa Pinho nesta reportagem: "A endometriose ocorre quando as células do endométrio, mucosa que reveste a parede do útero responsável pela implantação do embrião fecundado, não são devidamente expelidas durante a menstruação e se espalham no aparelho reprodutivo e até mesmo para regiões como intestino e bexiga".
Ao que se sabe, Layla era uma jovem saudável, que não apresentava nenhum fator de risco (obesidade, tabagismo, pressão alta ou diabetes). Por isso, a recomendação é que, sempre antes de começar o tratamento com pílula, você se consulte com um médico especialista para avaliar os riscos e outras alternativas.