Jovem desenvolve acne após usar ácido no skincare e faz alerta

Dermatologista reforça que alguns produtos não devem ser usados por jovens, muito menos crianças, que estão sendo influenciadas nas redes.

21 mar 2024 - 12h43
Jovem usa ácido no rosto e pele apresenta piora
Jovem usa ácido no rosto e pele apresenta piora
Foto: Reprodução Twitter / Reprodução Twitter

Uma jovem foi às redes sociais, na última terça-feira (19), para alertar que havia usado um produto com retinoides, de maneira errada, resultando em um rosto queimado. "CUIDADO com uso de ácidos, minha pele sempre foi DIVA inventei de meter ácido e resultado: queimei meu rosto e fu** a barreira cutânea (por isso deu acne) qnd meu skincare era básico n tinha nada na minha pele mds q ódio", disse no X (antigo Twitter).

Ela continua: "Seis tem noção q tem CRIANÇA botando isso na cara? Eu q sou adulta deu me*** imagina só". A jovem conta que tem acompanhamento dermatológico, estava usando protetor solar, mas, de acordo com ela, o erro foi ter usado o produto diariamente. 

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Os retinoides são uma forma de vitamina A que são aplicados para tentar reduzir as rugas na pele. Quando usado em excesso ou aplicado no rosto de pessoas jovens, que são geralmente mais sensíveis, o produto pode causar efeitos adversos. 

Na opinião do dermatologista Lucas Miranda, o comportamento de influenciadores com suas rotinas de skincare têm levado a um aumento no número de crianças e adolescentes buscando aderir aos hábitos, o que, segundo o especialista, pode ser perigoso. 

O dermatologista reforça que existem produtos que não devem ser usados por jovens, muito menos crianças. "Muitas vezes, os produtos promovidos são de fato destinados ao público adulto, mas crianças e adolescentes, tanto em busca de replicar o comportamento desses influenciadores, quanto atraídas pelas embalagens e promessas de melhorias na pele, acabam utilizando-os sem levar em conta que suas peles têm necessidades diferentes. Isso pode levar ao uso de produtos muito fortes ou inadequados para sua pele sensível, resultando em irritações, alergias ou outros problemas adversos", diz.

Caso no Reino Unido

Amelia Gregory, da Inglaterra, quase ficou cega após seguir as dicas de uma influenciadora no TikTok
Foto: Instagram / Reprodução

Em janeiro deste ano, uma garota de 13 quase perdeu a visão, após tentar repetir um procedimento de skincare, que havia visto nas redes sociais. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, Amelia Gregory estava tentando deixar sua pele brilhante. 

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A mãe da garota, que é médica, contou que sua filha desceu as escadas gritando de dor, antes de dizer o que havia acontecido. Na primeira vez que foi levada ao hospital, o diagnóstico foi que a vermelhidão passaria com o tempo. Mas sua mãe contou que o rosto de Amelia, principalmente perto do olho, estava ficando inchado. 

Levada novamente a um médico, a britânica foi diagnosticada com uma infecção bacteriana subcutânea, chamada de "celulite facial". A pele ficou infeccionada e a condição afetou seu olho. Segundo sua mãe, os médicos afirmaram que a filha poderia perder a visão. 

Amelia havia usado Retinol, além de outros produtos como ácidos. A recuperação foi lenta e, segundo sua mãe, até hoje a pele de Amelia é sensível. 

Crianças e adolescentes podem usar ácido?

O dermatologista Lucas Miranda é categórico: não. "A pele das crianças possui necessidades diferentes da pele madura, característica dos adultos. Neste caso, a pele das crianças se torna ainda mais suscetível ao ressecamento e irritações, devido a uma menor produção de oleosidade natural. Portanto, é fundamental usar produtos adequados para cada faixa etária", explica. 

Mais recentemente, uma trend que mostra crianças e adolescentes invadindo a franquias de cosmético da Sephora para usarem produtos de skincare viralizou na internet. A "Sephora Teens" levantou mais discussões ao redor do tema.

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Se houver necessidade de usar algum tipo de produto na pele dos pequenos, isso deve acontecer apenas por recomendação médica. Além disso, não são todos os cosméticos que podem ser usados. "É importante que os produtos aplicados na pele das crianças sejam atóxicos, hipoalergênicos, neutros e sem perfumes artificiais para evitar reações alérgicas e irritações". Quanto mais jovens os alvos, mais rigorosos são os testes de qualidade e segurança feitos nos dermocosméticos. 

Já no caso de pré-adolescentes ou adolescentes, certos produtos podem ser usados para tratar a oleosidade ou prevenir o surgimento de cravos e espinhas. "No entanto, esses produtos devem ser específicos para a idade e tipo de pele, sendo usados conforme a orientação de um profissional de saúde", reforça.

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Fonte: Redação Terra Você
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