Jovem perde 97% da visão após ter dengue; complicação é rara 

A doença pode se manifestar nos olhos, mas de acordo com especialista sequelas são raríssimas

4 mar 2024 - 13h54
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Isabella Kemp, uma jovem de 24 anos do Mato Grosso do Sul que teve dengue, enfrentou uma sequela extremamente rara. Ela perdeu 97% da visão no olho esquerdo e 80% no direito após ser diagnosticada com a doença. 

Segundo relata a estudante em suas redes sociais, os sintomas da dengue começaram em 10 de fevereiro. Já no dia seguinte, ela procurou atendimento médico devido a dores musculares, na cabeça e articulações. 

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O diagnóstico de dengue foi confirmado em um domingo e, ao longo da semana, os sintomas permaneceram consistentes. No entanto, na sexta-feira seguinte, surgiu a "coceira" nas mãos e pés, seguida pela perda de visão.

Inicialmente, Isabella notou um embaçamento no campo visual do olho esquerdo, que progrediu rapidamente. Dois dias depois, na segunda-feira seguinte, ela buscou atendimento em São Paulo, onde foi informada de que tinha apenas 3% da visão de um olho e 20% do outro. Após algumas semanas de tratamento desde o início dos sintomas, já recuperou 80% de sua visão.

Nas redes sociais, o deputado estadual Pedro Kemp,  pai de Isabella, parabenizou a estudante pelo aniversário e fez um destaque para a recuperação dos olhos da filha. 

Segundo a médica oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos, Juliana Lasneaux, pacientes com dengue podem sentir dor atrás dos olhos e fotofobia (incômodo na claridade). No entanto, os impactos da doença na saúde ocular podem ser ainda maiores.

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"Como na dengue pode haver queda das plaquetas (células do sangue responsáveis pela coagulação), em casos graves, pode haver hemorragia dentro do olho. Isso pode levar a perda temporária ou até mesmo permanente da visão", alerta a oftalmologista. 

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Em entrevista ao G1, o médico infectologista Rivaldo Venâncio, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ressalta que essas sequelas são raríssimas e normalmente revertidas. “Nós temos também comprometimento neurológico, por exemplo, síndrome de Guillain-Barré ou encefalite. Felizmente, são observações muito, muito, muito raras", destacou o médico.

A principal prеvеnção da dеnguе continua sendo еvitar a rеprodução dos mosquitos rеsponsávеis pеla sua transmissão. Isto é, еliminando água parada еm possívеis locais dе criação, como vasos dе plantas, pnеus е rеcipiеntеs. O uso de repelentes também é recomendado por infectologistas. 

Fonte: Redação Terra Você
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