Julia Faria usou seu perfil nas redes sociais para contar aos seguidores que recebeu um novo diagnóstico de câncer. De acordo com a atriz de 38 anos, após retirar uma ferida da pele para biópsia, o laudo acusou ser um carcinoma.
"Vocês lembram que fiz a biópsia desse cara aqui [apontando para um sinal no colo]? Era uma feridinha que não cicatrizava. Saiu ontem o resultado do exame e deu positivo para carcinoma. É mais um como esse [apontando um sinal no ombro]. Estou esperando para marcar a cirurgia, vou ter que tirar o mais rápido possível. É um câncer de pele, e ele vai crescendo”, disse a atriz e influenciadora em seu perfil no Instagram.
Tipo mais comum de câncer de pele
Em entrevista ao Terra, o médico dermatologista Lucas Miranda explica que existem diferentes tipos de carcinoma de pele: Basocelular (CBC), Espinocelular (CEC) e Melanoma.
O Carcinoma Basocelular (CBC) é o tipo mais comum de câncer de pele. Ele se origina nas células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme. Geralmente, apresenta baixa letalidade e tem grande chance de cura se detectado precocemente. “Os CBCs surgem principalmente em áreas expostas ao sol, e podem aparecer como pápulas vermelhas e brilhosas com uma crosta central”, conta o especialista.
O Carcinoma Espinocelular (CEC) surge nas células escamosas, que são a maioria das camadas superiores da pele. Esse tipo é mais comum em áreas também expostas ao sol e pode aparecer como lesões avermelhadas, espessas, descamativas e que não cicatrizam facilmente.
Já o Melanoma, embora menos comum, é o mais agressivo e letal, principalmente devido ao seu potencial de metástase. Ele geralmente aparece como uma pinta ou mancha que muda de cor, forma ou tamanho. A detecção precoce é crucial para um bom prognóstico.
Fatores de risco
Reconhecer e mitigar os fatores de risco para o desenvolvimento de carcinoma de pele é crucial para reduzir a probabilidade de desenvolver o câncer. É necessário destacar a importância da proteção solar e exames regulares. Os principais fatores incluem:
- Exposição ao sol sem proteção adequada;
- Histórico de queimaduras solares graves;
- Histórico pessoal ou familiar de câncer de pele;
- História de lesões pré-cancerosas;
- Exposição a radiação ionizante;
- Idade avançada.
Sinais de alerta
Os sinais de alerta que os pacientes devem procurar incluem:
- Mudanças na aparência de pintas ou manchas;
- Crescimento rápido de lesões;
- Presença de feridas que não cicatrizam;
- Sangramento, coceira persistente ou dor em uma área específica da pele.
Qualquer alteração suspeita na pele deve ser prontamente comunicada a um profissional de saúde para avaliação e possível diagnóstico.
Diagnóstico
O diagnóstico de carcinoma é realizado por um médico dermatologista, sendo utilizados métodos como exame físico da pele, avaliação da história clínica do paciente e, quando necessário, biópsia da lesão suspeita.
“Durante o atendimento, o dermatologista examina a pele em busca de sinais de carcinoma, como alterações na cor, tamanho, forma e textura de pintas, manchas ou lesões cutâneas”, explica o profissional.
Tratamento
O dermatologista explica que o tratamento depende do tipo de carcinoma, bem como do estágio da doença. Para CBC e CEC, as opções incluem procedimentos cirúrgicos para remoção das lesões, radioterapia ou tratamentos tópicos para casos menos avançados.
O melanoma pode exigir tratamentos mais intensivos como cirurgia, imunoterapia ou quimioterapia, especialmente se houver metástase.
“O câncer de pele é geralmente tratável com sucesso quando detectado precocemente, embora o melanoma possa ser mais desafiador devido ao seu potencial agressivo”, afirma o médico.
Como prevenir?
É possível proteger a pele dos danos causados pelo sol e reduzir significativamente o risco de desenvolver carcinoma de pele. O dermatologista recomenda o uso de protetor solar com FPS adequado, roupas protetoras, chapéus e óculos de sol.
É importante evitar a exposição solar excessiva, especialmente durante as horas de maior intensidade do sol e realizar exames de pele regulares para detecção precoce de qualquer anomalia.
Além disso, é fundamental conhecer os fatores de risco pessoais, como histórico de queimaduras solares e tipo de pele, e promover um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e exercícios regulares.