Kansas acusa Pfizer de enganar o público sobre vacina contra Covid-19

17 jun 2024 - 17h48
(atualizado em 18/6/2024 às 17h19)
Foto de stock de Doses de vacina Pfizer-BioNTech COVID-19
Foto de stock de Doses de vacina Pfizer-BioNTech COVID-19
Foto: Matt Hunt/Getty Images

O Estado norte-americano do Kansas abriu um processo judicial nesta segunda-feira contra a Pfizer acusando a empresa de enganar o público sobre sua vacina contra Covid-19 ao esconder os riscos e fazer alegações falsas sobre sua eficácia. 

Em uma ação aberta no Tribunal Distrital do Condado de Thomas, o Estado disse que as supostas declarações falsas da farmacêutica sediada em Nova York violaram a Lei de Proteção ao Consumidor do Kansas. O Estado está buscando indenizações financeiras não especificadas. 

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"A Pfizer fez várias declarações enganosas para ludibriar o público sobre sua vacina em um momento no qual os norte-americanos precisavam da verdade", afirmou o procurador-geral do Kansas, o republicano Kris Kobach, em um comunicado. 

O processo alega que, começando pouco depois do lançamento da vacina nos primeiros meses de 2021, a Pfizer escondeu evidências de que a sua dose estava associada a complicações de gravidez, incluindo abortos, além de inflamações dentro e ao redor do coração, conhecidas como miocardite e pericardite. 

"As representações feitas pela Pfizer sobre sua vacina contra Covid-19 foram precisas e baseadas em ciência", disse a Pfizer, em um comunicado, acrescentando que acredita que o processo não tem mérito. 

A Administração de Alimentos e Remédios dos EUA (FDA) colocou um alerta sobre miocardite e pericardite no rótulo da vacina em junho de 2021. Os efeitos colaterais são raros e ocorrem com mais frequência em garotos adolescentes e homens jovens. 

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Em 2023, uma análise de 21 estudos dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA concluiu que as vacinas contra Covid não estavam relacionadas a abortos.

O Kansas também disse que a Pfizer alegou falsamente que sua vacina, desenvolvida com a parceira alemã BioNTech 22UAy.DE para a cepa original do vírus, mantinha uma alta eficácia contra variantes e que impediria não apenas a doença, como também a transmissão. 

A BioNTech não é ré no caso. 

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