O ator Kayky Brito permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro. De acordo com o boletim médico divulgado neste sábado (9), ele está sedado e em ventilação mecânica. O ator sofreu um atropelamento após atravessar uma via pública, no sábado, 02/09, na Barra da Tijuca.
Ainda segundo o boletim médico, o quadro clínico de Kayky está sob controle e não apresentou alterações. Nos últimos dias, ele mostrou melhora, com "sinais de melhora evolutiva" na quarta (6) e uma "resposta satisfatória ao tratamento" na quinta (7).
Relembre o caso
Kayky foi atingido por um motorista de aplicativo que seguia nos limites de velocidade da via. O condutor passou pelo teste do bafômetro e não apresentou sinais de alcoolismo. Além disso, ele prestou os primeiros socorros e aguardou a chegada de socorro.
Já durante os primeiros socorros Kayky apresentou dificuldades para respirar. Ele foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) em estado gravíssimo com politrauma corporal e traumatismo craniano. No entanto, não houve lesão em sua coluna vertebral.
Em seguida, o ator foi transferido para o Hospital Copa D'Or em Copacabana, onde segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), apesar das múltiplas lesões no corpo, o traumatismo craniano seria a principal preocupação dos especialistas responsáveis pelo seu tratamento.
O que é traumatismo craniano?
O traumatismo craniano é uma lesão que afeta o cérebro devido a uma força externa aplicada à cabeça podendo variar de lesões leves, como concussões, a lesões graves que comprometem a função cerebral. Os sintomas geralmente incluem confusão, perda de consciência, dor de cabeça, náuseas, enjoos, lesões neurológicas e distúrbios cognitivos.
Quais tratamentos possíveis?
De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, o tratamento para traumatismo craniano varia de acordo com a gravidade de cada caso.
"O tratamento do trauma cranioencefálico ou TCE, como conhecemos, varia bastante de acordo com o tipo de lesão ocorrida no Sistema Nervoso Central. Alguns casos precisam de monitorização em Unidade de Terapia Intensiva sem necessidade de cirurgia. Outros precisarão de cirurgias de emergência para retirada de sangue acumulado e, outras vezes, para criar espaço para permitir o inchaço que pode acontecer no cérebro", explica.
"A evolução varia bastante conforme a gravidade do próprio trauma e também conforme a situação clínica de cada pessoa. Pacientes jovens, como o caso em questão, tendem a se recuperarem com um pouco mais de facilidade, e vemos situações de extrema gravidade melhorarem devido a possuírem uma maior reserva biológica", afirma o Dr. Bruno Burjaili.