Uma mãe de 25 anos descobriu que sua filha tem síndrome rara, o Picacismo, caracterizada por comer objetos não comestíveis. Ela mora em Blackwood, País de Gales, e monitora a filha para evitar que ela ingira algo perigoso.
Uma mãe de 25 anos descobriu que uma de suas filhas, de 3, tem uma síndrome rara, o picacismo. A condição leva as pessoas com esse distúrbio a comer objetos não comestíveis, como paredes, móveis e até vidro. Stacey A'Hearne diz que é preciso monitorar Winter o tempo todo para impedir que ela coma algo perigoso.
Ela mora com as meninas em Blackwood, no País de Gales. A mulher disse que chegou a ver a filha quebrar molduras de fotos e tentar comer os cacos de vidro.
"Ela está literalmente comendo a casa inteira. Comprei um sofá novo e ela arrancou pedaços dele", afirmou ao site SWNS.
Stacey notou que desde bebê, a menina coloca coisas na boca, mas não achou que se tratava de uma coisa séria. Com cerca de 13 meses de idade, a menina estava atingindo os marcos habituais, como falar e andar, mas depois, tudo mudou.
Wynter parou de verbalizar e seus hábitos alimentares incomuns começaram a aumentar. Após exames, em janeiro a mãe descobriu que a filha tinha picacismo e autismo. A síndrome rara ocorre somente com 18,5% das crianças.
Ao longo do tempo, a jovem já viu sua filha comer plantas, cera de vela e lã dos brinquedos. Segundo a mãe, a menina é muito exigente com comida normal, mas não tem distinção com coisas não comestíveis.
"Não importa o que aconteça, ela encontra uma maneira de comer coisas que não deveria", reforça.
Um estudo teria determinado que a condição prevalece aos 3 anos e se torna menos comum à medida que as crianças envelhecem.
"Acho que é uma coisa sensorial, e ela anseia pelas diferentes texturas. Ela acorda às 2h da manhã e eu a encontrei comendo o berço e os cobertores", afirma Stacey.
Com o passar do tempo, a mãe descobriu que proporcionar "tempo de brincadeira sensorial" ajudou a distrair Wynter de seus desejos. Depois disso, ela comprou até um colar mastigável para a menina, criado especificamente para pessoas com síndrome.
"Os médicos disseram que não há muito que possamos fazer.Não é bom para ela, mas não é extremamente perigoso – desde que não seja vidro. É cansativo ficar de olho nela 24 horas por dia, 7 dias por semana, mas tenho uma boa rotina e entendo as necessidades dela", explica a mãe.