Mandetta: estocagem de máscaras por países de 1º mundo perturba severamente abastecimento

O ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta disse que a compra de máscaras foi realizada. Segundo ele, antes, uma máscara saia por algo em torno de R$ 0,10 e R$ 0,11, mas agora o preço pulou para quase R$ 2

6 mar 2020 - 20h13
(atualizado às 20h22)

BRASÍLIA - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta sexta-feira, 6, que a corrida pela compra de máscaras por países de primeiro mundo está "perturbando severamente" o abastecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para o hemisfério Sul e países que não realizaram as aquisições. O ministro pontuou, por outro lado, que o nível de abastecimento no Brasil está bom, lembrando que o País está adquirindo novas máscaras.

"Comuniquei tanto a Organização Pan Americana da Saúde (Opas) como a Organização Mundial de Saúde (OMS) que empresas e os países de primeiro mundo saíram adquirindo quantidades enormes, fazendo estocagem, e isso está perturbando severamente o abastecimento de Equipamentos de Proteção Individual para o hemisfério Sul e países que não o fizeram", disse, em coletiva à imprensa para atualizardados sobre o novo coronavírus no Brasil.

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Nesta quinta-feira, 5, o Ministério da Saúde anunciou que havia encontrado fornecedores de parte dos equipamentos de segurança que prevê usar contra a doença. O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, contou que os contratos deveriam ser assinados até esta sexta. Hoje, Mandetta disse que a compra já foi realizada. Segundo ele, antes, uma máscara saia por algo em torno de R$ 0,10 e R$ 0,11, mas agora o preço pulou para quase R$ 2.

O ministro contou ainda que chamou o Tribunal de Contas da União (TCU) para criar um comitê para assessorar as compras que a pasta tem feito para adquirir equipamentos de forma mais célere. "É importante que a tomada de decisão ocorra com órgão de controle ao lado", disse.

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