Um caso curioso chamou a atenção da comunidade médica da cidade de Edgware, na Inglaterra. Um homem escondeu o diagnóstico de câncer de mama terminal da mulher por 21 anos. Como isso foi possível?
Rosie Gamp morreu em abril de 2021, aos 90 anos, de uma outra doença. Segundo o marido da vítima, Melvin, com quem Rosie estava casada há 67 anos, a decisão foi tomada para proteger a mulher.
O diagnóstico foi recebido pelo homem em 1999. O médico contou a gravidade do quadro por telefone, para Melvin. Ele, então, decidiu não contar a notícia à mulher, que já havia perdido irmãs para o câncer.
"Elas tiveram seus seios removidos e todas essas coisas horríveis, e Rosie pensou que iriam operar seus seios. Ela ficou tão feliz que não removeram seus seios, mas não queria saber muito mais", contou Melvin ao jornal Daily Mail.
Rosie pensava que seu câncer nunca havia voltado. Ela já sabia do diagnóstico de câncer de mama, e havia se submetido a uma cirurgia para remover os gânglios linfáticos afetados. A ligação do médico serviu para informar que o câncer era mais grave do que se imaginava, e que o quadro era fatal.
A reviravolta
Por outro lado, sem saber disso, Rosia achava que o câncer nunca havia voltado. Enquanto ocultava a informação da esposa, Malvie inscreveu a mulher em um estudo clínico de um medicamento chamado Arimidex, que interrompeu o câncer e lhe deu anos extras de vida.
Até hoje Melvin acredita que fez a coisa certa, pois dessa maneira Rosie conseguiu viver uma vida mais plena por 21 anos. Os filhos do casal só ficaram sabendo da notícia no funeral da mãe, que morreu de insuficiência renal após uma fratura de fêmur.