Médicos usam saquinho de sanduíche para abrigar e salvar bebê prematuro

3 nov 2015 - 14h59
Um saquinho de sanduíche serviu como incubadora improvisada para a pequena Pixie
Um saquinho de sanduíche serviu como incubadora improvisada para a pequena Pixie
Foto: Sharon Grant / BBC News Brasil

Um bebê que nasceu três meses antes do previsto foi mantido vivo com a ajuda de um saco plástico com zíper comprado em um supermercado.

Pixie Griffiths-Grant pesava apenas 500 gramas quando nasceu em parto cesárea de emergência em Plymouth, na Inglaterra.

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Para mantê-la aquecida, já que sua temperatura corporal começou a baixar perigosamente, os médicos decidiram colocá-la dentro de um saco plástico do tipo "ziploc".

"O saco funcionou como uma estufa, graças a Deus", disse sua mãe, Sharon Grant, de 37 anos.

Grant foi levada para o hospital de Derriford para uma cirurgia, depois de a bebê ter parado de crescer dentro dela. Havia o temor de que a bebê não sobrevivesse ao parto.

"Recebemos essa notícia horrível, então foi um período muito estressante. Eu não sabia se ela iria sobreviver."

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'Fada'

"Quando eu cheguei a Derriford, minha pressão sanguínea estava muito alta, então eles tiveram que pôr músicas de Ben Howard (artista britânico) para ajudar a baixá-la", relembra.

"Havia 10 médicos cuidando de Pixie e eles decidiram colocá-la rapidamente em um saquinho de sanduíche para mantê-la aquecida."

A bebê foi chamada de Pixie – nome que significa "fada", em inglês – por causa de seu tamanho diminuto ao nascer. Agora, cinco meses depois, ela já pesa 3,4 kg.

Os médicos chegaram a dizer que a bebê não viveria mais de uma hora; aos cinco meses, ela está bem de saúde
Foto: Sharon Grant / BBC News Brasil

"Ela está muito bem. É incrível, porque sequer conseguíamos imaginar este momento", diz Grant.

Bebês prematuros têm a pele muito fina, o que pode levar a uma perda letal de calor, de acordo com um divulgado na publicação científica americana Pediatrics.

O uso de sacos plásticos para evitar a hipotermia em bebês prematuros teve início em Zâmbia, no continente africano, onde médicos necessitavam de uma maneira barata de manter os bebês vivos.

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