A última menstruação é importante para toda mulher. Afinal, ela marca o fim da sua vida reprodutiva e o início de uma nova fase - a menopausa. Com o climatério, a mulher tem uma diminuição na produção de hormônios que são essenciais para a fisiologia e desenvolvimento do organismo feminino. Por isso, redobrar a atenção com a saúde é essencial, o que pode exigir reposição hormonal.
Importância do estrogênio
Segundo a Dra. Priscila Pyrrho, ginecologista especialista em medicina integrativa, diversos estudos defendem que, quando a mulher entra na menopausa, os níveis de estrogênio reduzem. Essa alteração aumenta o risco para doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, aterosclerose e estresse oxidativo, que tem sido associado à isquemia, hipertensão e insuficiência cardíaca.
"Diversos estudos demonstram que as mulheres começam a ter doenças cardiovasculares dez anos depois que os homens. Isso porque elas têm estrogênio suficiente", explica a médica.
O estrogênio é secretado principalmente pelos ovários, mas também é produzido em outras partes do corpo feminino, como nas glândulas adrenais. É ele o responsável pela manutenção e controle da função reprodutiva feminina.
Menopausa e saúde do coração
Na menopausa, a queda dos níveis de estrogênio apresenta consequências para a vida da mulher, o que revela a importância desse hormônio como um cardioprotetor. De acordo com Priscila, essa relação só foi descoberta na década de 1970.
"A doença cardiovascular se tornou a principal causa de morte nessa fase da vida das mulheres, matando de 3 a 10 vezes mais que o câncer. E, após os 65 anos de idade, essa doença tem incidência de uma a cada três mulheres, enquanto o câncer de mama atinge uma a cada 36 mulheres", afirma.
A especialista complementa que o estrogênio é tão essencial que a Associação Americana de Cardiologia (AHA, na sigla em inglês) apresentou uma notificação sobre a importância da terapia preventiva de reposição hormonal com estrogênio nessa fase de transição para a menopausa.
"A reposição hormonal é essencial na menopausa, pois o estrogênio oferece um efeito tanto na parede do vaso quanto no metabolismo lipídico, fazendo uma vasodilatação. Isso controla o colesterol ruim, reduzindo o risco de hipertensão e protegendo também contra a arteriosclerose, ao inibir a produção de radicais livres", destaca a médica.