Ginecologista e cirurgiã ginecológica Émile Almeida, explica os impactos da queda do estrogênio no corpo e dá dicas para enfrentar o climatério com saúde e qualidade de vida
A menopausa é um marco decisivo na vida de todas as mulheres, representando o fim do ciclo reprodutivo. No Brasil, a idade média em que as mulheres entram na menopausa é aos 51 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Aproximadamente 15% das mulheres brasileiras chegam a essa fase de forma precoce, antes dos 40 anos, geralmente devido a fatores genéticos, doenças ou hábitos de vida pouco saudáveis.
Cuidar da saúde antes da menopausa
Segundo a ginecologista e cirurgiã ginecológica Émile Almeida, cuidar da saúde antes da menopausa é essencial a fim de enfrentar o climatério com qualidade de vida. "Dessa maneira, a primeira coisa que a gente precisa é uma das coisas mais importantes é fazer uma reserva de músculo. A gente chama isso de banco de músculo. A mulher, quando ela entra na menopausa, por conta da deficiência de estrogênio, o hormônio protetor das mulheres, vai ter alterações como flacidez na pele, mudanças no cabelo, maior risco de AVC e infarto. Além disso, também tem ossos mais frágeis e maior risco de osteoporose A musculatura também enfraquecida, levando à sarcopenia", explica a médica.
Essa perda muscular está diretamente ligada à deficiência ovariana, porque reduz significativamente os níveis de estrogênio. Para Émile, é fundamental se preparar para a menopausa com antecedência. "Se você quiser se preparar para uma boa menopausa, para um bom climatério, fazer atividade física e ter uma reserva, um banco de músculos, é essencial", aconselha.
Cuidados constantes na menopausa
Além disso, hábitos saudáveis têm um papel determinante no início e na intensidade dos sintomas da menopausa. "O tabagismo adianta em dois a três anos a menopausa. Melhorar a alimentação, reduzir o consumo de orgânicos, fazer atividade física, e dormir bem são passos fundamentais", orienta a especialista.
A relação entre o sono e os hormônios também é destaque. "Hoje em dia, temos essa loucura por telas. Fica na tela o tempo inteiro, toma café à noite, só dorme com a televisão ligada ou confusão no celular. Isso altera nossa produção hormonal, como a melatonina e o excesso de cortisol, que impactam a menopausa", destaca a ginecologista.
A médica reforça que os cuidados devem ser constantes. "Atividade física é remédio. Não existe você acorda e diz 'não vou hoje porque estou cansada'. É muito mais ganho após o início do climatério. Você tem músculos que ficam difíceis de ser preparados", conclui.
Informações da profissional
Dra. Émile Almeida - CRM-BA 24765
Instagram: https://www.instagram.com/draemiled/
Ginecologista e Cirurgiã Ginecológica
A Dra. Émile Almeida encontrou sua vocação na ginecologia, área na qual pode acompanhar todas as fases da vida de uma mulher, acolhendo as mudanças e anseios característicos de cada etapa. Desde a primeira menstruação até a escolha do método contraceptivo, passando pela consulta pré-concepcional, menopausa e cirurgias para melhorar a qualidade de vida com técnicas minimamente invasivas, ela está sempre ao lado de suas pacientes.
Apaixonada por compartilhar evidências e informações baseadas em estudos científicos, Dra. Émile acredita e defende uma medicina informada e consciente, ajudando as mulheres a entenderem seus corpos e suas escolhas.
Formação e especializações incluem histeroscopia diagnóstica e cirúrgica pelo Instituto Ítalo Brasileiro - CATHIS em São Paulo. Especialização em patologia do trato genital inferior (colposcopia/LEEP) pela Fatesa em Ribeirão Preto - São Paulo; videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) pela WM Cirurgia Ginecológica em Curitiba - Paraná; atualização em endometriose clínica pelo Health Master Live Postgraduate Education; e intensivo de videocirurgia experimental pela UNICETREX em parceria com o IRCAD Brazil, Barretos - São Paulo.
