A decisão de se submeter a uma cirurgia plástica é uma escolha pessoal e complexa e a idade recomendada pode variar dependendo do procedimento e das circunstâncias individuais. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), contanto que a pessoa tenha boa condição de saúde, não há limite de idade, mas é importante ter parcimônia e consultar sempre um profissional capacitado tanto do ponto de vista médico, quanto em relação à noção estética de valorização dos contornos corporais e faciais.
O médico Ícaro Samuel, especialista em corpos esculpidos e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Associação Brasileira de Cirurgiões Plásticos (BAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), explica mitos e verdade sobre o assunto:
• A idade cronológica não deve ser o único critério para determinar a elegibilidade de cirurgias e procedimentos estéticos
Verdade: "Em geral, a maioria dos cirurgiões concorda que fatores como a saúde física e mental, expectativas e motivações para a cirurgia são mais importantes do que a idade do paciente em si", diz ele.
• Nos procedimentos mais invasivos, como a abdominoplastia, a idade é preponderante
Mito: "A saúde geral do paciente é o que mais importa. Os médicos costumam avaliar a condição cardiovascular, a capacidade de recuperação e a estabilidade emocional do paciente. Além disso, é essencial que ele esteja ciente quanto aos resultados possíveis da cirurgia e entenda os riscos envolvidos".
• Nos procedimentos menos invasivos, como a lipoaspiração a laser, a idade tem menos importância
Mito: "A decisão deve ser tomada sempre em conjunto com um médico e baseada nas necessidades estéticas individuais. Mesmo para esses procedimentos, é essencial que o paciente tenha bom estado de saúde em geral e uma compreensão clara das expectativas e limitações".
• A recomendação para cirurgia plástica varia de acordo com cada pessoa
Verdade: "É imperativo que qualquer pessoa que queira fazer uma plástica consulte um cirurgião qualificado para uma avaliação abrangente e aconselhamento personalizado, independentemente da idade".
Para finalizar, Ícaro enfatiza que é importante que o médico também tenha bom senso, principalmente em relação aos excessos, que descaracterizam e deformam a pessoa.
“Existe um certo exagero, principalmente das pessoas que vêm com expectativas que adquiriram pela internet. A beleza não está na ausência de rugas ou pneuzinhos, mas no equilíbrio do todo. Importante observar também a quantidade de profissionais operando e fazendo procedimento por aí sem habilitação, a maioria dos casos que envolvem complicações é de profissionais que não são médicos”, pontua.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.