Mpox não é nova Covid, diz autoridade da OMS

20 ago 2024 - 08h16
(atualizado em 21/8/2024 às 13h18)
Partículas do vírus monkeypox
Partículas do vírus monkeypox
Foto: Sam Francis/Pixabay

Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde enfatizou nesta terça-feira que mpox, independentemente de ser a cepa nova ou antiga, não é a nova Covid, pois as autoridades sabem como controlar sua disseminação.

"Podemos e devemos enfrentar o mpox juntos", disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, em uma coletiva de imprensa da ONU.

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"Então, vamos optar por colocar em prática os sistemas para controlar e eliminar a mpox globalmente? Ou entraremos em outro ciclo de pânico e negligência? A maneira como responderemos agora e nos próximos anos será um teste crítico para a Europa e o mundo", acrescentou.

Mpox, uma infecção viral que causa lesões cheias de pus e sintomas semelhantes aos da gripe, geralmente é leve, mas pode matar.

A variedade clado 1b causou preocupação global porque parece se espalhar mais facilmente por meio do contato próximo de rotina.

Um caso da variante foi confirmado na semana passada na Suécia e vinculado a um surto crescente na África, o primeiro sinal de sua disseminação fora do continente. A OMS declarou o recente surto da doença uma emergência de saúde pública de interesse internacional depois que a nova variante foi identificada.

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Kluge disse que o foco na nova cepa clado 1 também ajudará na luta contra a variedade menos grave clado 2, que está se espalhando globalmente desde 2022, permitindo que a Europa melhore sua resposta por meio de melhores orientações e vigilância sanitária.

Cerca de 100 novos casos da cepa de mpox clado 2 estão sendo registrados na região europeia todos os meses, acrescentou Kluge.

O mpox é transmitido por meio de contato físico próximo, incluindo contato sexual, mas, ao contrário de pandemias globais anteriores, como a Covid-19, não há evidências de que ele se espalhe facilmente pelo ar.

As autoridades de saúde precisam estar em alerta e ser flexíveis caso surjam novos clados mais transmissíveis ou que mudem sua rota de transmissão, mas não há recomendações para que as pessoas usem máscaras, disse porta-voz da OMS Tarik Jasarevic.

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