A partir de abril deste ano, uma nova vacina contra o HPV (papilomavírus humano) passou a ser disponibilizada nas redes privadas: a Gardasil 9, desenvolvida pela farmacêutica MSD.
De acordo com Cristiana Meirelles, infectologista pediátrica e gerente médica da Beep Saúde, esse novo imunizante tem uma vantagem significativa em comparação ao que é aplicado no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque garante proteção contra nove tipos de HPV (6,11,16,18,31,33,45, 52 e 58), enquanto a versão anterior é eficaz na prevenção de infecções provocadas apenas por quatro deles (6,11,16 e 18).
"Apesar da nova ter uma cobertura mais abrangente, a versão disponível na rede pública também tem eficácia no combate à doença. Portanto, o importante é se vacinar. A vacinação deve começar o mais cedo possível, antes mesmo do início da vida sexual, tanto para meninas quanto para meninos", alerta a médica, que ainda afirma que a vacina nonavalente é recomendada para pessoas de 9 a 45 anos de idade.
A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO CONTRA O HPV
Dados da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) apontam que o HPV é uma infecção sexualmente transmissível muito comum, sendo que cerca de 91% dos homens e 84% das mulheres sofrerão com esse problema em algum momento de suas vidas.
É importante ressaltar que nem sempre os indivíduos acometidos apresentarão sintomas, especialmente em fase inicial. Entretanto, o patógeno pode levar ao surgimento de verrugas na região genital e de outras complicações graves, como o câncer de colo uterino, que está associado, principalmente, aos subtipos 16 e 18.
Portanto, a vacinação é imprescindível para aumentar a barreira protetora do organismo, uma vez que auxilia na prevenção da contaminação pelo HPV e suas consequências, incluindo os cânceres relacionados ao vírus.
"No caso da Gardasil 9, ela ajuda a evitar câncer do colo uterino, da vulva, da vagina e do ânus; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções persistentes causadas por 9 tipos do papilomavírus humano", comenta a especialista.