Número de mortos em surto de ebola na África Ocidental passa de 600

15 jul 2014 - 08h59

O surto de ebola que assola a África Ocidental já infectou 964 pessoas, das quais 603 morreram, segundo a último apuração realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nos últimos quatro dias se registraram novos casos nos três países que sofrem a epidemia: Guiné, Libéria e Serra Leoa, segundo anunciou hoje o porta-voz da OMS Daniel Epstein em entrevista coletiva.

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Na Guiné foram registrados seis casos e três mortes, o que eleva o número de infectados nesse país a 406, dos quais 304 morreram.

O porta-voz alertou que, apesar de parecer que os casos na Guiné diminuíram, a evidência demonstra que os contágios continuam.

Na Libéria nos últimos três dias foram registrados 30 casos e 13 mortes, o que eleva o total para 172 casos e 105 mortes.

Em Serra Leoa houve 49 novos casos e 52 mortes, e o total ficou em 386 casos e 194 mortes.

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A OMS continua muito preocupada porque os mitos sobre a doença persistem, e a população não abandona hábitos ancestrais como lavar e abraçar os cadáveres antes de enterrá-los, o que expõe ao contágio com o vírus.

A doença - que é transmitida por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados - causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.

Epstein esclareceu que o reiteradamente anunciado estabelecimento do um Centro de Coordenação Epidêmico em Conacri para coordenar e harmonizar o apoio técnico oferecido aos países afetados, e a prevenção no resto das nações que os cercam, ainda deve se concretizar, mas que espera que entre em funcionamento esta semana.

A OMS ativou a Rede Global de Alerta e Resposta (GOARN, na sigla em inglês) - uma rede formada por agências internacionais, governos, universidades, e outras entidades - e solicitou especialistas em diversas áreas que possam viajar aos três países envolvidos para tentar conter o surto.

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Essa é a primeira vez que uma epidemia de ebola é confirmada na África Ocidental, doença que sempre atingiu a África Central.

  
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