A influenciadora Viih Tube, de 24 anos, deu à luz seu segundo filho, Ravi, no último dia 11, em um parto marcado por complicações que resultaram em uma cesárea de emergência. Após o nascimento do filho, a ex-BBB precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para realizar uma transfusão de sangue.
Na quinta-feira (21), Viih usou seu perfil no Instagram para esclarecer que a cesárea de emergência não teve relação com a cirurgia realizada no parto anterior, quando deu à luz Lua, de 1 ano. Segundo a influenciadora, ela enfrentou uma atonia uterina, grave complicação que pode causar hemorragia com risco de vida.
“Eu tive uma desproporção cefalopélvica, que é quando a cabecinha do bebê não é proporcional à sua pelve (…). Nessa situação, eu preferi ir para a cesárea e não me arrependo de forma alguma(...). Eu tive uma coisa chamada atonia uterina. Meu útero demorou muito tempo para voltar a contrair, depois que ele [Ravi] saiu. Por isso que perdi muito sangue”, explicou.
O que é atonia uterina?
De acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), a atonia uterina é a incapacidade do útero de manter uma contração efetiva após o parto, o que é crucial para prevenir hemorragias significativas.
Esta condição é a principal causa de hemorragia pós-parto, responsável por perdas sanguíneas significativas que podem comprometer a estabilidade hemodinâmica da paciente.
Normalmente, após o nascimento do bebê, o útero se contrai para reduzir o fluxo sanguíneo na área onde a placenta estava fixada, evitando sangramentos. Na atonia uterina, essa contração não ocorre, levando a uma perda significativa de sangue.
Por que isso acontece?
As principais causas de atonia uterina incluem:
- Trabalho de parto prolongado ou muito rápido: Isso pode comprometer a capacidade do útero de se contrair adequadamente depois do parto.
- Gestação múltipla: A presença de mais de um bebê no útero pode levar a um distúrbio muscular, dificultando a contração do útero após o nascimento.
- Macrossomia fetal: Quando o bebê é muito grande, isso pode dificultar a capacidade do útero de se contrair eficazmente.
- Hipotensão (pressão arterial baixa): Afeta o funcionamento do útero, dificultando a contração.
- Anemia ou distúrbios de coagulação: A dificuldade em coagular pode aumentar o risco de hemorragia devido à falta de contração uterina.
- Uso de anestesia: O uso de anestesia geral ou anestesia epidural pode reduzir a capacidade do útero de contrair adequadamente após o parto.
- Lacerações do trato genital: Intervenções como episiotomia ou outras lacerações podem estar associadas a um maior risco de atonia uterina.
- Retenção de restos placentários: Quando fragmentos da placenta permanecem no útero, isso pode impedir a contração adequada do órgão.
Como conter?
O tratamento da atonia uterina visa restaurar a contração do útero e controlar a hemorragia pós-parto. De acordo com as diretrizes da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e outros protocolos de manejo de complicações obstétricas, as abordagens incluem:
- Massagem uterina: A primeira linha de tratamento é a massagem manual do útero para estimular suas contrações. Esse procedimento pode ser realizado pelo médico ou pela equipe de enfermagem.
- Uso de medicamentos uterotônicos
- Compressão bimanual: Caso a massagem uterina não seja suficiente, pode-se usar a compressão bimanual, onde uma mão é colocada na parte externa do abdômen e a outra dentro do útero para exercer pressão.
- Intervenções cirúrgicas;
- Reposição de líquidos e transfusão de sangue: Para estabilizar a paciente, é fundamental repor líquidos e realizar transfusões sanguíneas, se necessário, para evitar o choque hipovolêmico.
- Tratamento de causas subjacentes: Caso haja retenção de fragmentos placentários ou trauma no trato genital, essas condições precisam ser tratadas para restaurar a função uterina.
A detecção precoce e o manejo adequado da hemorragia são de extrema importância para reduzir os riscos associados à atonia uterina. Estratégias preventivas, como o uso de uterotônicos logo após o parto, são amplamente recomendadas em protocolos obstétricos.