O que é recidiva, que levou Preta Gil a retomar o tratamento de câncer?

As células tumorais que resistem a um tratamento inicial podem ser mais agressivas; por isso, novo tratamento tem que ser diferente

23 ago 2024 - 17h15
(atualizado às 17h18)
Preta Gil na primeira fase de seu tratamento contra o câncer, ainda em 2023
Preta Gil na primeira fase de seu tratamento contra o câncer, ainda em 2023
Foto: Reprodução/Instagram/@pretagil

Oito meses após compartilhar que chegou ao fim do tratamento contra um câncer no intestino diagnosticado em janeiro do ano passado, Preta Gil, 50, anunciou na quinta-feira (22) que precisará retomar o seu tratamento oncológico.

Em seu perfil no Instagram, Preta publicou que se internou para realizar exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e foi constatada a necessidade de retomar o tratamento.

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"Essa semana me internei no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para exames de rotina e foi constatado a necessidade de retomada do meu tratamento oncológico. Estou bem e sendo acompanhada pelas equipes do Prof. Dr. Roberto Kalil Filho, Dra. Roberta Saretta, Dra. Fernanda Cunha Capareli e Dr. Frederico José Ribeiro Teixeira Junior. Conto com a boa energia, orações e vibrações de todos para seguir confiante. Já, já estou de volta. Um beijo, Preta Gil”, diz o comunicado da artista.

"Quanto mais precoce o tratamento, maior a chance de cura"

Em entrevista ao Terra Você, Sergio Roithmann, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento (RS), explica que uma recidiva do câncer pode ser identificada pelo retorno dos sintomas anteriores ou por alterações nos exames de imagem ou de sangue realizados regularmente.

"A recidiva depende muito da extensão da doença inicial. Quanto mais precoce o tratamento, maior a chance de cura. O risco depende também das características do tumor."

Sergio Roithmann, oncologista

Exames avançados e genéticos ajudam a avaliar a gravidade da doença e a definir um tratamento mais personalizado. A fase de tratamento para recidiva pode envolver novas abordagens e combinações de terapias, adaptadas às mudanças observadas no tumor.

Diagnóstico, 'cura' e recidiva: entenda o câncer de Preta Gil Diagnóstico, 'cura' e recidiva: entenda o câncer de Preta Gil

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Quanto à previsão da evolução de uma doença, o oncologista conta que uma recidiva sempre afeta o prognóstico. As células tumorais que resistem a um tratamento inicial podem ser mais agressivas. Então, o novo tratamento tem que ser diferente. No caso de Preta, ela já passou por quimioterapia, duas cirurgias, radioterapia e quimioterapia oral.

“Felizmente, a ciência tem avançado mais rápido. Temos novos tratamentos imunoterápicos, por exemplo, com anticorpos monoclonais acoplados a drogas quimioterápicas. Isso tem levado a melhores resultados. Mas cada caso é estudado individualmente e, frequentemente, os tratamentos são combinados: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e uso de terapias-alvo”, diz o profissional

O médico ressalta que é muito comum repetir biópsias do tumor numa recidiva, procurando mudanças nas características dos edemas, sempre atrás de novos tratamentos. Também é importante o acesso à pesquisa clínica, onde novas medicações são testadas.

“Isso atualmente é uma realidade no Brasil e viabiliza o acesso mais rápido a novas tecnologias, que podem mudar o andamento de uma doença e a história de uma vida”, conclui.

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Fonte: Redação Terra Você
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