Obesidade não significa estar mal de saúde

2 jan 2015 - 22h18

Pesquisadores da Washington University School of Medicine de St Louis, no Missouri, incentivaram 20 pessoas obesas a comer mais durante vários meses e descobriram que parte do grupo manteve um bom estado de saúde, apesar de ter engordado, revela nesta sexta-feira o Journal of Clinical Investigation.

Cada indivíduo envolvido no estudo foi incentivado a consumir 1.000 calorias a mais por dia em lanchonetes, com o objetivo de aumentar seu peso em 6%.

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"Não foi fácil. Fazer com que as pessoas aumentem de peso é tão difícil como fazê-las engordar", explicou Elisa Fabbrini, professora de medicina e principal autora do estudo.

Os que não sofriam dos problemas tradicionalmente relacionados à obesidade, como resistência à insulina, alta taxa de colesterol, pressão elevada e excesso de gordura no fígado seguiram sem apresentar estas complicações após engordar mais 7 quilos, afirma o estudo.

Os resultados confirmam o que os cientistas já haviam observado entre a população: aproximadamente um quarto das pessoas obesas não sofre complicações passíveis de provocar problemas cardíacos, acidentes vasculares cerebrais ou diabetes.

Mas a pesquisa concluiu também que o estado de saúde dos obesos que engordaram se agravou após a experiência.

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Todo o grupo que participou do estudo foi acompanhado posteriormente por especialistas para perder peso. O trabalho levou ao documentário da HBO "Weight of the Nation".

Segundo seus autores, o trabalho permitiu entender como distinguir os obesos com risco de desenvolver problemas de saúde.

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