Otosclerose: médica explica a doença que afeta Adriane Galisteu

Especialista comenta que a causa ocorre por fatores genéticos, hormonais e até mesmo virais

10 nov 2024 - 20h27
(atualizado em 11/11/2024 às 13h03)
A apresentadora Adriane Galisteu
A apresentadora Adriane Galisteu
Foto: Foto divulgação / Márcia Piovesan

A apresentadora Adriane Galisteu afirmou em entrevista que perdeu cerca de 60% da audição devido a uma doença chamada otosclerose. Segundo Tanit Sanchez (CRM-SP 69.992), otorrinolaringologista e docente da faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), esse problema promove um crescimento ósseo anormal no ouvido, impedindo a movimentação adequada de um osso do ouvido médio, o estribo, prejudicando a transmissão do som do ambiente para o ouvido interno.

O principal sintoma é a perda auditiva progressiva, geralmente começando em um ouvido e depois afetando o outro. A médica aponta que outros sintomas comuns incluem zumbido, dificuldade em ouvir sons baixos ou sussurros, tontura ou problemas de equilíbrio, sensação de que a própria voz soa mais alta ou diferente (paracusia). "Esses sintomas adicionais podem se desenvolver gradualmente ao longo de meses ou anos, mas nem sempre ocorrem em todos os pacientes", ressalta.

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Tanit pontua que o diagnóstico envolve vários passos:

  • História clínica detalhada, incluindo histórico familiar de perda
  • Exame físico do
  • Testes auditivos, como audiometria tonal, vocal e
  • Em alguns casos, a tomografia computadorizada pode ser necessária.

A combinação desses exames permite ao otorrinolaringologista fazer um diagnóstico mais preciso e avaliar a extensão da doença.

Tratamento

Como lembra a especialista, o tratamento da otosclerose pode variar dependendo da gravidade e das preferências do paciente. No entanto, as opções mais comuns são:

  • Observação e monitoramento para casos leves ou
  • Aparelhos auditivos podem ajudar a compensar a perda auditiva e/ou o
  • A cirurgia é um procedimento que substitui o estribo afetado por uma prótese.
  • A suplementação com bifosfonados pode ajudar a retardar a progressão em alguns casos.

Mulheres

Conforme Tanit, a otosclerose atinge mais o público feminino do que o masculino, numa proporção de cerca de duas mulheres acometidas pela doença para cada homem, por fatores hormonais, especialmente os estrogênios.

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Foto: Márcia Piovesan

Dra. Tanit Ganz Sanchez - Foto divulgação

A médica observa que a condição frequentemente se manifesta ou piora durante a gravidez, ou menopausa. Além disso, há uma possível interação entre predisposição genética e fatores hormonais. "Os hormônios femininos podem influenciar o metabolismo ósseo, acelerando potencialmente o crescimento ósseo anormal na otosclerose", finaliza.

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