Criado na década de 1980 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, o Outubro Rosa é um movimento de alcance internacional que visa conscientizar a população para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Anualmente, de 1º a 31 de outubro, governos, entidades privadas e organizações não-governamentais lançam iniciativas para levar conhecimento sobre a doença.
A incidência de casos mostra que o esforço é válido. Esse é o tipo de tumor mais comum para mulheres, sendo também o que provoca o maior número de mortes entre elas. Neste ano, 73.610 casos devem ser confirmados, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O que é o Outubro Rosa
A história da campanha começa em 1980 com a morte da estadunidense Susan G. Komen. Ela havia recebido o diagnóstico de câncer de mama três anos antes e lutou contra a doença, mas não resistiu após o tumor se espalhar por outros órgãos.
Foi aí que sua irmã, Nancy, fez de sua história uma missão ao criar uma ONG para impulsionar ações de controle e tratamento do câncer. O primeiro Outubro Rosa aconteceu em 1986, três anos depois que a própria Nancy teve o tumor.
Já a fita rosa foi instituída como símbolo em 1991. O acessório se tornou emblemático e sempre associado à iniciativa.
Principal objetivo
O câncer de mama é o tipo mais frequente em mulheres, o que só reforça o apelo das campanhas. Como explica o Ministério da Saúde, a doença ocorre quando há um desenvolvimento anormal das células da mama, que se multiplicam repetidamente até a formação de um tumor maligno.
Um fator de risco está diretamente ligado à genética, portanto se uma pessoa da família — especialmente mãe, irmã ou filha — tiver diagnóstico positivo, os demais entes próximos devem fazer acompanhamento médico ainda mais frequente. Isso vale não apenas para mulheres, já que o tumor no tecido mamário também se desenvolve em homens, ainda que raramente.
Portanto, o diagnóstico precoce vale para todos. Quanto antes descoberto, mais cedo se inicia o tratamento e melhor são as chances de sucesso.
Importância do autoexame e mamografia
Algo que toda mulher pode e deve fazer é um autoexame, apalpando os próprios seios. É um ato simples que pode ajudá-la a perceber eventuais "caroços" na região e buscar, rapidamente, uma consulta médica.
Isso não substitui, claro, o exame clínico feito por um mastologista. Assim, é necessário se consultar periodicamente e, a partir dos 40 anos, se submeter a mamografia anualmente — essa é a melhor forma de rastrear o câncer.
Outubro Rosa no Brasil
Iniciada ainda na década de 1980 nos Estados Unidos, a campanha não demorou a chegar ao Brasil. Todo ano, o mês é marcado por ações em prol da rápida detecção do tumor.
Por lei, desde 2018, o governo deve também promover palestras, eventos e atividades educativas sobre o tema, além de veicular campanhas de mídia e disponibilizar informações à população. Outra ação que passou a ser obrigatória é a iluminação de prédios públicos com luzes na cor rosa.
O que fazer no Outubro Rosa
As formas de ajudar a campanha ao longo do mês passam por divulgar informações. Vale cobrar ações dos entes públicos, responsáveis por criar iniciativas de controle e diagnóstico precoce da doença, e buscar apoio também do setor privado na luta.