Pesquisa pode aumentar longevidade de pacientes com câncer de pulmão

26 mai 2016 - 14h19
(atualizado às 14h19)

Pesquisadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho,  da Universidade Federal do Rio de Janeiro descobriram por meio de pesquisas  que pode aumentar a qualidade e a longevidade de pacientes com câncer de pulmão com metástase óssea. Eles identificaram maior risco de metástase óssea em um subtipo do câncer: adenocarcinoma de pulmão,  explicou o coordenador da pesquisa, Marcelo Bragança dos Reis.

A técnica, desenvolvida a partir de células-tronco, ainda não foi usada em humanos
A técnica, desenvolvida a partir de células-tronco, ainda não foi usada em humanos
Foto: PA

Foram selecionados 413 pacientes diagnosticados entre 2003 e 2012. A pesquisa ocorreu durante o ano de 2015, e o estudo foi publicado recentemente no periódico Lung Cancer, a mais importante revista científica sobre câncer de pulmão.

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“Os ossos são um dos principais locais de metástase no organismo e esse risco aumenta em pacientes com adenocarcinoma. Com esta descoberta, temos como avaliar por exames e tentar rastrear o osso do paciente com adenocarcinoma. Se identificarmos que se espalhou para o osso, podemos tratar mais cedo e aumentar as chances de vida desse paciente”, disse.

O exame para detectar metástase nos ossos é feito normalmente quando o paciente sente dores, disse Bragança. Embora não seja o mais comum, o câncer de pulmão é o que mais mata no mundo, alertou o ortopedista, e o adenocarcinoma é o subtipo mais comum.

“Esse cuidado de inserir na rotina o rastreamento dos ossos durante e após o tratamento ainda não é feito. A segunda fase da pesquisa é tentar comprovar e detectar precocemente a metástase, que trará benefícios na sobrevida desse paciente”, comentou. O tratamento para a metástase óssea é  por meio de medicamento intravenoso e cirurgia. Infelizmente, não existe cura para a metástase óssea.

Além de Bragança, participaram do trabalho os médicos do Instituto de Doenças do Tórax Marcos Eduardo Machado Paschoal e Fernanda Carvalho de Queiroz Mello.

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Agência Brasil
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