Mama acessória, terceira mama ou terceiro mamilo. São várias as formas de se referir ao tecido mamário extra que se desenvolve fora do lugar original.
Pode aparecer na axila, nas regiões do tórax, abdominal, inguinal ou próximo da coxa. E pode também abrigar um câncer de mama, ainda que raramente.
Como esclareceu ao Terra o mastologista Wesley Andrade, a condição não aumenta as chances de uma mulher desenvolver um tumor maligno, mas funciona como mais uma parte do corpo suscetível à doença.
"Por exemplo, uma paciente que tratamos recentemente tinha mama acessória na região pélvica, inguinal, então ela acabou por desenvolver um câncer nessa região. Câncer de mama na região baixa do abdômen", ressaltou o médico, membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cirurgião oncológico e doutor em Oncologia, em entrevista anterior ao portal.
Apesar disso, a remoção não costuma ser indicada como medida preventiva. Em novo contato com o Terra, Andrade explica as razões.
"A indicação de remover [o tecido mamário extra] com objetivo de reduzir o risco de câncer tem impacto baixo, uma vez que com a mama normal da paciente estando presente, o risco vitalício é muito maior em se ter [o tumor] nessa mama".
De acordo com o especialista, a cirurgia prévia só é recomendada quando a paciente sente dor na região, sofre com questões funcionais, em fases como a amamentação, ou por incômodo estético.